A perseguição que Marquês de Pombal, o primeiro-ministro de D. José I, moveu à Companhia de Jesus, e que redundou na sua supressão pelo Papa Clemente XIV, teve motivações ideológicas, políticas e económicas. Mas foi legitimada pelo Marquês com argumentos que hoje, à distância de 250 anos, podem ler-se como escandalosamente falsos. Um capítulo que só tem paralelo na expulsão dos judeus do reino, no séc. XVII.
Nunca saberemos o quanto a expulsão da Companhia de Jesus do Reino de Portugal, como a expulsão dos judeus, contribuíram para a iliteracia estrutural do nosso povo. O estrago é incalculável.