Quem não os tem? Mas no caso da família que construiu a Quinta dos Patudos como a conhecemos, ou seja, a última geração do ramo do célebre fotógrafo Carlos Relvas, os “esqueletos no armário” são mais que muitos. Um facto particularmente triste é o afastamento de José Relvas da sua mulher, Eugénia, depois do suicídio de Carlos (homónimo do seu avô). Carlos era o último dos três filhos do casal, a última esperança da continuação da Casa Relvas, os outros dois filhos haviam morrido crianças. Não poderemos nunca saber o que se passou na realidade, mas podemos supor que o facto de Eugénia ter destruído a carta que Carlos, o seu filho suicida, deixou deve ter contribuído para o afastamento do casal. Mais, Eugénia, a mãe devastada, queimou também todas as fotografias do filho – negra contradição: do neto do fotógrafo Carlos Relvas não ficou uma única fotografia. Nos 10 anos que se seguiram ao suicídio de Carlos, até à morte de José Relvas, o casal viveu separado: cada um numa ponta da grande Casa dos Patudos.