É mal visto pela comunidade dos que concebem os museus o recurso a manequins na reconstituição de cenas históricas. Mas no Museu da Farmácia (Lisboa e Porto) a quebra desta regra tem justificação: aqui, os manequins usados representam, rigorosamente, pessoas que existiram, figuras reais que, de alguma maneira, influenciaram a História da Farmácia. Mais: estes manequins, de um realismo impressionante, foram executados a partir de pinturas e fotografias, pelos fornecedores dos manequins do Museu de Cera de Londres. Encenado assim, o incrível espólio do Museu da Farmácia ganha uma eficácia narrativa que é simultaneamente pedagógica e lúdica.