Natural de Lisboa, filha de cabo-verdianos, onde nasceu em 1975, Lura estava a estudar desporto em Lisboa, quando um primeiro desafio a levou a descobrir uma outra paixão: o canto. E ainda antes da viragem do século viu um tema seu a ganhar visibilidade internacional no álbum “Onda Sonora: Red Hot + Lisbon”. A exploração mais profunda das suas raízes começou a ganhar forma em “Di Korpo Ku Alma” (2004), disco que teve edição em dez países, valendo-lhe ser notada pelos BBC World Music Awards e os Victoires de La Musique.

 

Seguem-se os álbuns “M´bem di Fora” (2006) e “Eclipse” (2009). Em 2010 a compilação “The Best of Lura” inclui, além dos seus clássicos, “Moda Bô”, um inédito gravado com Cesaria Évora nas primeiras semanas desse mesmo ano. O álbum incluía ainda um DVD contendo um concerto gravado pela RTP. De regresso a Cabo Verde gravou entretanto o álbum “Herança” (2015). Em 2018 juntou à sua discografia o EP “Alguem di Alguem”.

Lura tinha já participado no Festival da Canção na edição de 2001 com “Da Terra à Lua”, em dueto com Paulo Abreu Lima. Esta é, contudo, a sua estreia como compositora.