Veterinário

Dedicamos este consultório veterinário à Síndrome de Disfunção Cognitiva,  com o veterinário Nuno Paixão.

A Síndrome de Disfunção Cognitiva Canina (SDCC), também conhecida como demência canina, é um distúrbio cerebral degenerativo e metabólico, semelhante à Doença de Alzheimer nos humanos. Esta doença urge como consequência natural do envelhecimento cerebral. 

 

Causas e Fatores Envolvidos 

A SDCC resulta de um processo multifatorial de envelhecimento que afeta o cérebro do cão: 

  • Atrofia cerebral (perda de células nervosas) 
  • Má perfusão sanguínea (menos oxigénio e nutrientes chegam ao cérebro) 
  • Inflamação sistémica crónica de baixa intensidade 
  • Acumulação de proteínas beta-amiloide, que prejudicam a comunicação entre neurónios e causam morte celular (mecanismo semelhante ao Alzheimer humano) 
  • Stress oxidativo, que aumenta os radicais livres e diminui as defesas antioxidantes 

 

Idade de Risco 

A idade geriátrica dos cães é a fase em que há maior risco de doenças degenerativas, mesmo que o animal ainda não tenha um diagnóstico definido. 

A prevalência da SDCC é estimada entre 14% e 35% dos cães, com aumento da incidência e da gravidade com a idade. 

Cães e gatos

Sintomas mais comuns 

Muitos sinais podem ser confundidos com o envelhecimento normal. Os principais incluem: 

  • Alterações no ciclo sono-vigília (sono desregulado) 
  • Desorientação (ficar “perdido” dentro de casa) 
  • Alterações nos hábitos de higiene (urinar/defecar em locais inapropriados) 
  • Diminuição da interação social (menos contato com o tutor) 
  • Perda de memória e atenção (esquecimento de comandos previamente aprendidos) 
  • Mudança de comportamento com os familiares 

 

Diagnóstico 

O diagnóstico da demência canina é feito com base em: 

  • Histórico clínico detalhado 
  • Observação dos sinais comportamentais 
  • Exclusão de outras doenças (neurológicas, endócrinas, etc.) 

O profissional mais indicado para o diagnóstico é o médico-veterinário neurologista. 

 

Tratamento; Como gerir 

Não existe cura, mas é possível retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida do animal com: 

  • Mudanças na dieta (nutrição direcionada) 
  • Suplementação com antioxidantes e vitaminas específicas 
  • Medicação própria para disfunção cognitiva 
  • Enriquecimento ambiental (estímulos físicos e mentais) 
  • Adaptações no manejo diário 

 

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