Há dois tipos de colesterol. O colesterol HDL (High Density Lipoproteins), designado por “bom colesterol”, é constituído por colesterol retirado da parede dos vasos sanguíneos e que é transportado até ao fígado para ser eliminado. O colesterol LDL (Low Density Lipoproteins) é denominado “mau colesterol”, porque, quando em quantidade excessiva, ao circular livremente no sangue, torna-se nocivo, acumulando-se perigosamente na parede dos vasos arteriais. Quer o excesso de colesterol LDL, quer a falta de colesterol HDL, aumentam o risco de doenças cardiovasculares, principalmente o enfarte do miocárdio.

No diagnóstico da dislipidémia (nome da doença associada ao colesterol) realizam-se análises ao Colesterol total, HDL, LDL e Trigliceridos.

Tratamento inicial: dieta, exercício, controle de peso, evitar alcool, redução de sal e cessação tabágica.

 

O que é colesterol?

O colesterol é uma substância que o nosso organismo consegue produzir e que circula no sangue. É necessário a várias funções vitais, como a produção de vitaminas, hormonas e faz parte das paredes das células. Mas quando está em excesso no sangue torna-se perigoso e pode aumentar o risco de vir a desenvolver doenças cardiovasculares.

 

Uma das principais causas do colesterol elevado é a ingestão elevada de gorduras saturadas. Quando o colesterol LDL está elevado este vai acumular se na parede das artérias, diminuindo o seu diâmetro, o que provoca um aumento da pressão sobre o seu coração e faz com que lhe seja mais difícil bombear o sangue para todo o organismo, o que aumenta o risco de doenças cardiovasculares. Estas doenças são a principal causa de morte no mundo ocidental e também em Portugal. Apesar disso, a boa notícia é que bastam pequenas alterações na alimentação e no estilo de vida para manter os níveis normais de colesterol, ou para ajudar a reduzi-lo se este estiver elevado.

 

Quais são os níveis normais de colesterol no sangue?

Diversos estudos sugerem que o mais importante é que o nível LDL seja inferior a 115 mg/dl. Deve procurar, também, ter o nível de colesterol total abaixo de 190 mg/dl. O nível de HDL deve ser superior a 35 mg/dl nos homens e superior a 45 mg/dl nas mulheres.

 

Outras causas do colesterol elevado?

Uma ingestão elevada de gordura saturada e de gorduras são uma das principais responsáveis por ter o colesterol elevado, embora hajam muitos outros fatores que também contribuem para os níveis elevados de colesterol no sangue:
– Hereditariedade;
– Fumar;
– Idade;
– Diabetes;
– Etnia.

 

Quais os sintomas?

Não tem, é um inimigo silencioso.

 

Tratamento?

Perder peso, deixar de fumar, reduzir a quantidade de gorduras e colesterol na alimentação, fazer mais exercício e, caso seja necessário, tomar medicação destinada a reduzir os lípidos (gorduras) no sangue.

 

Como prevenir?

1. Aposte numa alimentação saudável. Reduza o consumo de alimentos ricos em gordura saturada e colesterol como as carnes vermelhas e os produtos lácteos não desnatado;
2. Controle o peso. Combata o excesso de peso através de uma alimentação saudável e da prática de exercício físico. Se conseguir, poderá não só baixar os níveis de mau colesterol LDL, como aumentar o bom colesterol HDL;
3. Mexa-se. Tenha uma vida fisicamente ativa. Conte o número de passos por dia através de um pedómetro e estabeleça a meta dos dez mil por dia;
4. Deixe de fumar. O tabaco diminui os níveis de bom colesterol, mas basta eliminar o vício para reverter este quadro;
5. Respeite a medicação. Quando as mudanças de estilo de vida não são suficientes mantenha-as a par da medicação prescrita pelo seu médico, para garantir o sucesso do tratamento.

 

E os níveis vão baixar mudando a alimentação?

Adotar novos alimentos nas refeições do dia-a-dia é a primeira regra de quem precisa de baixar o colesterol (total e LDL). Mas, como explica Elsa Feliciano, «o colesterol sanguíneo é influenciado pela alimentação e pela produção hepática. Há pessoas que produzem muito mais colesterol do que o necessário e, nesses casos, a alimentação por si só não é suficiente para baixar os níveis de colesterol para os valores desejados. Mas é sempre um factor muito importante a ter em conta e deve ser a primeira medida a instituir».

Os legumes e os vegetais são ricos em fibra alimentar, que influencia a absorção de gorduras, e em substâncias que ajudam a controlar o colesterol. As carnes brancas têm menores quantidades de gordura total e, por comparação com as carnes vermelhas, o tipo de ácidos gordos presentes não influencia da mesma forma o aumento do colesterol LDL. O peixe é rico em ácidos gordos ómega-3 muito importantes na prevenção das doenças que afectam o aparelho cardiovascular.

 

Top Alimentos:
– Azeite;
– Abacate;
– Alcachofra;
– Frutos secos;
– Romã;
– Leguminosas;
– Maçã;
– Peixe azul;
– Soja;
– Alho.

Coma mais:
– Sopa;
– Saladas;
– Fruta;
– Cereais integrais;
– Leguminosas;
– Peixe;
– Carnes brancas como frango ou peru.

Coma menos:
– Carnes vermelhas como vaca, borrego e cabrito;
– Lacticínios gordos ou meio gordos;
– Alimentos pré-confeccionados e fast food;
– Pastelaria industrial doce ou salgada;
– Enchidos.

 

Quem consultar?

O seu médico de família é o profissional de saúde melhor colocado para lhe detectar um excesso de colesterol, preconizar as medidas dietéticas adequadas e, se necessário, prescrever um ou mesmo mais que um medicamento. Ele saberá escolher as medidas mais apropriadas à sua situação e assegurar a respectiva vigilância a longo prazo.

Um estudo da Fundação Portuguesa de Cardiologia mostra que cerca de dois terços da população adulta portuguesa têm o colesterol elevado. No entanto, o colesterol elevado não causa sintomas. Quando estes ocorrem podem surgir sob a forma de dor no peito por angina ou enfarte do miocárdio. Estamos pois, perante uma patologia grave em que é fundamental fazer prevenção.

 

Calendário de análises

Vigiar os níveis de colesterol no sangue é uma rotina a não descurar a partir do momento em que entra na idade adulta. Avalie o seu perfil lipídico através de análises ao sangue. Estas análises que discriminam os níveis de colesterol que circulam no sangue devem ser feitas com alguma regularidade, variando em função da idade.