Portugal está apostado em melhorar mais a qualidade do que a quantidade dos serviços prestados na saúde. Os centros de saúde e hospitalares podem efetuar por ano milhares de consultas e operações mas isso pode significar apenas quantidade e não qualidadeDe que vale operar milhares de doentes oncológicos se depois não sobrevivem? Ou milhares de operações à próstata, se a seguir ficarem impotentes ou incontinentes? Um assunto debatido no “Diga, Doutor”

 

 

Como saber que estamos a ser submetidos ao tratamento certo? E quando temos de escolher um hospital, como sabemos que é o que dará melhor resposta ao nosso problema? E depois de uma cirurgia, por exemplo, que seguimento é dado ao doente? Sabe-se que impacto a cirurgia teve na sua vida? E se teve recaídas depois?…

 

Na verdade, o que temos, hoje, em Portugal, é o registo de produtividade baseado na quantidade e não na qualidade dos cuidados prestados na saúde. Uma situação que vários especialistas pretendem reverter, à semelhança do que vai já acontecendo nalguns países. 

 

Cuidados de saúde baseados no valor para o doente – Value Based Healthcare é um tema que se tem revelado um ponto central na prestação dos cuidados de saúde a nível internacional e começa agora a ser debatido em Portugal. 

 

A propósito deste movimento que já está enraizado em muitos países e que começa a ganhar força em Portugal, a NOVA SBE, em parceria com a NOVA Medical School e com o alto patrocínio da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa organizam a conferência Portugal Value Meeting 2018.

O encontro decorre no dia 29 de Novembro de 2018, na Reitoria da Universidade NOVA de Lisboa, onde vai juntar especialistas portugueses e internacionais para promover a partilha de aprendizagens e de experiências, com o objetivo de melhorar o valor em saúde, e designadamente dos cuidados de saúde prestados. O Portugal  Value Meeting for Health and Care procurará responder a perguntas  concretas como: Como posso implementar VBHC no terreno? Que dificuldades poderei encontrar? Como posso ultrapassá-las? Que caminhos sugere a investigação científica?
 

De Portugal, estarão o Bastonário da Ordem dos Médicos, Dr. Miguel Guimarães, Prof. Pedro Pita Barros, Dr. Laranja Pontes do IPO-Porto, Dr. Alexandre Lourenço da APAH, entre outros (programa provisório em anexo). Oradores internacionais: do lado da investigação – Jan Hazelzet (Erasmus Medical Center, Países Baixos),  Grégory Katz (Paris-Descartes Medical School, França), e Mark Bowling  (NHS Wales, Reino Unido); do lado da implementação – Hartwig Huland (Martini-Klinik, Alemanha), Santiago Rabanal (Hospital Universitario  Cruces, Espanha), Glyn Jones (NHS Wales, Reino Unido), Robert McCough  (Hill Dickinson, Reino Unido).

Marcará também presença do Professor Hartwig Huland, fundador da Martini-Klinik. A Martini-Klinik foi objeto de um case study da Harvard Business School. Este é um dos case studies sobre VBHC mais conhecidos em todo o mundo. Chamo também a atenção para a presença de Glyn Jones, Diretor de Finanças e de Compras de NHS Wales, que virá a Portugal dizer como um serviço nacional de saúde público tem usado VBHC para fazer compras.