O tratamento para doenças do fígado, como cirrose ou hepatite, por exemplo, geralmente, inclui repouso, medicamentos prescritos pelo médico, cirurgia, dieta indicada pelo nutricionista e a prática de exercício físico regularmente ou fisioterapia, caso o indivíduo não consiga praticar exercício.

O tratamento pode ser feito em casa ou pode ser necessário que o indivíduo fique internado para ser hidratado e receber os remédios pela veia. O gastroenterologista é o médico que deve indicar qual o melhor tratamento.

O indivíduo com uma doença no fígado, normalmente, apresenta sintomas como dor no abdómen do lado direito, inchaço da barriga, cor da pele e olhos amarelados e fezes amareladas, cinzentas, negras ou brancas, por isso, quando algum destes sintomas está presente, o indivíduo deve consultar um gastroenterologista para determinar qual o tipo de doença no fígado, a sua causa e indicar o tratamento adequado.

Alimentação para doenças do fígado

A alimentação para doenças do fígado é muito importante no tratamento de qualquer doença hepática, pois ajuda na regeneração das células do fígado e faz com que fígado continue a exercer a sua função de converter os alimentos em energia e desintoxicar o organismo.

Assim, o que comer nas doenças do fígado inclui alimentos de fácil digestão, como:

  • Peixe grelhado;
  • Frango cozido sem pele;
  • Saladas;
  • Gelatina;
  • Frutas sem casca e, principalmente, cozidas;
  • Arroz branco;
  • Legumes e verduras, especialmente os de folhas verde-escuras.

Além disso, é importante o indivíduo beber cerca de 2 litros de água por dia.

O que não comer nas doenças do fígado inclui:

  • Alimentos gordurosos;
  • Refrigerantes;
  • Frituras;
  • Doces;
  • Café;
  • Condimentos;
  • Carnes vermelhas;
  • Ovos fritos;
  • Enlatados, embutidos e enchidos.

O indivíduo com doença do fígado também não deve de beber álcool para não lesar as células hepáticas.

 

Tratamento natural para doenças do fígado

O tratamento natural para doenças do fígado pode ser feito com as cápsulas de cardo-mariano, vendidas em lojas de produtos naturais, sob orientação do médico ou o chá de cardo-mariano, pois esta planta medicinal tem propriedades anti-inflamatórias, adstringentes, antioxidantes, depurativas e facilitadores da digestão que ajudam a tratar problemas no fígado e não substituem outras medicações prescritas pelo médico.

Para fazer o chá de cardo-mariano, basta adicionar 1 colher de sopa de folhas de cardo-mariano seco a 1 xícara de água fervente e beber o chá cerca de 3 vezes ao dia.

Ao observar esses sintomas, o indivíduo deverá ir ao médico para realizar exames de diagnóstico, como o exame de sangue e a ressonância magnética. Assim, a doença pode ser diagnosticada e devidamente tratada com dieta e exercícios.

 

Dieta para gordura no fígado

A dieta e a prática regular de exercícios físicos são o tratamento indicado para combater o acúmulo de gordura no fígado. Na dieta para esteatose hepática é recomendado comer:

  • Alimentos light, saladas, carnes brancas grelhadas ou cozidas com pouco azeite,
  • Grãos e laticínios com zero gordura e zero açúcar, por exemplo.

Preferindo sempre os alimentos não industrializados, para garantir uma alimentação mais saudável e natural. Além disso, na dieta para gordura no fígado o paciente deve evitar comer alimentos ricos em gordura e em açúcar, como por exemplo:

  • Pão, pizza, cachorro quente, hambúrguer, manteiga, óleos;
  • Comidas gordurosas, como feijoada, rabada, churrasco, bebidas alcoólicas e sorvete.

Saiba mais detalhes da alimentação adequada para esteatose hepática em: Dieta para gordura no fígado.

Um outro fator importante para eliminar a gordura no fígado é não consumir bebidas alcoólicas.

 

Como curar a gordura no fígado

A gordura no fígado tem cura, que pode ser alcançada com o tratamento proposto pelo médico e pelo nutricionista. Estima-se que essa cura possa ser alcançada entre 4 a 8 semanas, mas sempre vai depender da quantidade de gordura que o indivíduo tem que perder e do seu comprometimento com a alimentação adequada e da prática regular de exercícios físicos. A alimentação diminui o risco de acúmulo de novas moléculas de gordura no fígado, enquanto que os exercícios queimam a gordura em excesso.

 

O fígado é o órgão responsável pela maior parte das reações metabólicas, sendo que qualquer problema que ocorra neste é de grande preocupação.

A maioria das afecções hepáticas é acompanhada por icterícia. Dentre outros sinais clínicos exibidos por esses pacientes estão: colúria (urina escura), hipo ou acolia fecal (fezes de coloração clara), prurido (coceira), ascite (conhecida como barriga d’água), sangramentos, alterações na pele, cansaço, entre outros.

Dentre as principais doenças que acometem o fígado encontramos, em primeiro lugar, as hepatites virais, que podem ser classificadas como A, B, C, delta, E, F e G.

Por conseguinte, encontram-se as doenças causadas pelo álcool, como a cirrose, doenças hepáticas tóxicas, insuficiência hepática, fibrose, entre outras. Indivíduos do sexo masculino que ingerem mais de 10 cervejas ou mais de meio litro de bebida destilada por semana, depois de 5 a 10 anos podem comprometer o fígado, bem como outros órgãos (pâncreas e estômago). Já mulheres que consomem metade dessas doses, por semana, podem adoecer.

 

Fígado gordo

O fígado é o segundo maior órgão do nosso corpo e desempenha inúmeras funções, tanto na digestão e utilização dos nutrientes, como na remoção de substâncias prejudiciais e na boa regulação da nossa coagulação.

Fígado gordo é um termo que significa acumulação de gordura nas células do fígado. Em termos médicos, denomina-se esteatose hepática.

Trata-se de uma doença frequente que, em Portugal, afecta cerca de 15% dos adultos, o que indica a ocorrência de, aproximadamente, 1.200.000 casos, dos quais 200.000 a 300.000 com as formas mais graves da doença que podem progredir para cirrose hepática.

Em termos globais, afecta cerca de 20-30% da população independentemente da idade, género ou etnia. Os homens tendem a ser mais afectados, sobretudo em idades mais avançadas, e também nas mulheres pós-menopáusicas.

Pode afectar cerca de 3% das crianças e 20 a 50% das crianças obesas. Pode-se encontrar fígado gordo em crianças com idades próximas dos 4 anos.

Esta acumulação de gordura no fígado resulta da ingestão de quantidades de gordura na dieta em excesso que o organismo não consegue processar. Fala-se em fígado gordo quando a gordura corresponde a 5-10% da massa do fígado.

Pode ser uma situação muito simples, que não causa lesão do fígado, ou pode evoluir para inflamação e lesão do tecido deste importante órgão. Estas formas mais graves podem evoluir para cirrose, com lesão permanente do fígado.

 

Quais são as causas de fígado gordo?

Uma das causas importantes de fígado gordo é o consumo de álcool. Contudo, ele aparece também em pessoas sem consumo alcoólico, designando-se nesse caso por fígado gordo não alcoólico. Estas formas não alcoólicas ocorrem em doentes com excesso de peso/obesidade, diabetes e aumento do colesterol e/ou triglicéridos.

O uso de alguns medicamentos (amiodarona, estrogénios, corticóides, tamoxifeno, antiretrovirais, tetraciclinas), certas doenças metabólicas genéticas, a perda de peso rápida, formas artificiais de nutrição, a ingestão de toxinas (produtos químicos e cogumelos) são outras causas, mais raras, de fígado gordo.

Pode ainda existir alguma predisposição hereditária para a ocorrência de fígado gordo.

A gordura que ingerimos na dieta é metabolizada no fígado e outros tecidos. Se ela for excessiva, ficará armazenada no tecido adiposo. Daí ela pode ser transferida para outros locais e também para o fígado. Noutros casos, a gordura acumula-se no fígado porque este é incapaz de a transformar de modo a poder ser eliminada.

O álcool é uma causa muito importante. Cerca de 80% dos consumidores de álcool desenvolvem fígado gordo porque o álcool permite uma rápida acumulação de ácidos gordos no fígado.

 

Quais são os sintomas do fígado gordo?

A maioria dos doentes não apresenta sintomas.

Por vezes, pode surgir cansaço e dor ou desconforto no quadrante superior direito do abdómen.

Outros sintomas possíveis: perda de apetite, náuseas e vómitos, icterícia, febre, ascite (distensão do abdómen por acumulação de líquido). Estes últimos três correspondem já a formas avançadas da doença, com lesão e inflamação do fígado.

Durante o exame médico, o médico consegue detectar um aumento de volume do fígado (hepatomegália).

 

Como se diagnostica o fígado gordo?

As técnicas mais comuns são a ecografia abdominal que revela um fígado aumentado de volume.

Pode suspeitar-se através da alteração das análises ao sangue, onde se detecta aumento das enzimas hepáticas (transaminases) em doentes obesos, diabéticos e/ou dislipidémicos.

A biópsia do fígado é o exame que permite confirmar o diagnóstico e ainda avaliar o grau de inflamação do fígado.

 

Qual é o tratamento do fígado gordo?

Não existe nenhum tratamento específico para o fígado gordo. De facto, não existe nenhum medicamento eficaz nesta situação.

As alterações no estilo de vida e a perda de peso são aspectos fundamentais. Por isso, a dieta e o exercício físico são muito importantes.

É ainda fundamental evitar o consumo de bebidas alcoólicas e controlar devidamente doenças associadas como a diabetes e as alterações do colesterol e triglicéridos.

Vale a pena sublinhar que, nas suas fases iniciais, o fígado gordo é reversível.

 

Quais as complicações associadas ao fígado gordo?

Embora a maioria dos casos tenha evolução benigna, sabe-se actualmente que a evolução para cirrose é possível.

O risco de evolução para cirrose é maior nos doentes com mais idade, diabéticos e nos que apresentam já Inflamação do fígado (chamada esteatohepatite não alcoólica).

 

Pode-se prevenir o fígado gordo?

A opção por um estilo de vida saudável, a prevenção da obesidade, a prática de exercício físico, são aspectos importantes para essa prevenção.

Uma dieta pobre em gorduras saturadas, rica em fibras e com um consumo moderado de álcool contribui para um peso saudável e para melhorar a qualidade de vida. Deve-se preferir o peixe e as carnes magras às carnes vermelhas e à carne de porco.

É igualmente útil suplementar a dieta com substâncias capazes de prevenir esta doença e melhorar a função do fígado: vitamina E e C, selénio, ómega-3, ginseng, entre outros.