A cafeína estimula o sistema nervoso central, aumentando o nosso estado de vigília e capacidade de concentração, o que explica o hábito de “termos” de tomar café antes de iniciar o nosso dia de trabalho.
No entanto, devemos ser regrados no consumo de cafeína, pois, em excesso, pode ter efeitos nocivos no nosso organismo, como insónia, nervosismo, inquietação, irritabilidade, batimentos cardíacos rápidos, dores de estômago, aumento dos níveis de pressão arterial e homocisteína (fatores de risco para as doenças cardiovasculares), tremores musculares…
Mas vamos aos benefícios:
Estimulante para os jovens
O café é uma bebida que estimula os indivíduos que o consomem, e pode auxiliar nos estudos ou no trabalho. Se for ingerido na quantidade adequada, a bebida pode auxiliar os estudos académicos e ser uma ótima fonte de estímulo para os jovens que apresentam sono e consequente falta de concentração, principalmente aqueles que estudam de manhã.
Antidepressivo
Ajuda a controlar situações de demência e a conservar a memória e o bem-estar em idades mais avançadas. O café influencia o estado de humor, ajuda a ter uma atitude mais ativa com os outros e pode produzir uma sensação de entusiasmo.
No exercício
A cafeína diminui a fadiga e a ação antioxidante do café age como estimulante, aumentando o metabolismo e ajudando a queimar calorias. Além disso, potencializa a performance durante a atividade física, atuando como estimulante do sistema nervoso, aumentando a tensão dos músculos e ajudando na mobilização de substratos de energia para o trabalho muscular.
Na diabetes
Especialistas de Harvard concluíram que seis cafés por dia podem diminuir o risco da diabetes tipo II em 28%, devido aos antioxidantes que constituem o café e que contribuem para o controlo das células responsáveis pela doença.
Parkinson
Um estudo realizado em França diz que cerca de quatro cafés por dia poderiam reduzir o risco de desenvolver a doença de Parkinson. Embora este estudo se baseie apenas na observação, um outro realizado nos Estados Unidos comparou os hábitos de 200 pacientes com Parkinson. Os investigadores perceberam um atraso no aparecimento dos sintomas da doença entre as pessoas que consumiam mais de três cafés por dia. Um terceiro estudo feito na Universidade de Vanderbilt provou que os homens que bebem café regularmente previnem em 80% do desenvolvimento de Parkinson.
Combate ao cancro
A bebida também auxilia na prevenção de alguns tipos de cancro, como o de cólon, da mama, do pulmão, da pele, da próstata, do útero e do fígado. Também ajuda na prevenção de cirrose. Um estudo realizado pelo Ministério da Saúde do Japão concluiu que um grupo de mulheres que tomou mais de três cafés por dia, tinha menos probabilidade de desenvolver cancro no colo do útero (60%) e cancro da mama (50%) do que um outro grupo que bebia café menos de duas vezes por semana. Para os homens, o consumo de três cafés por dia reduz em 9% o risco de desenvolver cancro da pele.
Colesterol
Uma pesquisa da Universidade de Dusseldorf, na Alemanha, publicada no periódico The American Journal of Clinical Nutrition avaliou os efeitos do consumo de quatro cafés por dia no primeiro mês e depois oito cafés (cada um com 150 ml) no segundo mês. Os pacientes avaliados apresentaram uma redução do colesterol total, aumento do HDL (bom colesterol) e também da adiponectina, elemento anti-inflamatório produzido pelo organismo.
Alzheimer
Segundo a revista médica norte americana Neurology, a cafeína retarda a deterioração mental em mulheres idosas. Segundo um estudo feito em 2009, quem bebe 3 ou 4 chávenas de café por dia têm menos 65% de possibilidade de desenvolver Alzheimer.
Digestão
O café também ajuda na digestão ao estimular a secreção ácida do estômago. Consumir café produz contração peristáltica, funcionando como um laxante natural.
Sensibilidade à cafeína
De acordo com a Mayo Clinic, a nível geral, e tratando-se de adultos saudáveis, ingerir entre 200mg a 300mg de cafeína diariamente não é considerado nocivo, o que corresponde a dois a três cafés.
No entanto, a sensibilidade à cafeína varia de pessoa para pessoa, podendo estar associada a fatores como a massa corporal, toma de determinados medicamentos ou existência de patologias. Por outro lado, a forma como reagimos à cafeína pode estar associada à quantidade que estamos habituados a ingerir. Pessoas que não costumem beber regularmente café ou outras bebidas que contenham cafeína tendem a ser mais sensíveis aos efeitos da cafeína.
Contudo, não é só o café que contém cafeína, esta existe naturalmente no cacau e, quanto mais escuro for o chocolate, mais elevado é o seu teor de cafeína. Importante lembrar que os gelados, doces e sobremesas de café ou chocolate também têm cafeína.
Avalie o seu consumo de cafeína
Se sente dificuldade em adormecer, ansiedade, entre outras das queixas mencionadas atrás, faça uma estimativa da quantidade diária de cafeína que está a ingerir e, se necessário, reduza a ingestão desta substância, que não provém unicamente do café, mas também do chá, chocolate, bebidas energéticas e certos suplementos nutricionais e medicamentos.
No entanto, a redução do consumo de cafeína deve ser feita gradualmente, pois a privação abrupta desta substância pode causar alterações de humor e ansiedade, entre outros efeitos. De início, substitua o café diário por descafeinado (este, apesar do nome, contém cafeína numa dose bastante menor do que o café) ou chá – que contém cerca de metade do teor de cafeína que tem o café.
Sabia que…
estudos demonstraram que o consumo de café poderá ter um efeito protetor contra a doença de Parkinson e diabetes, entre outras doenças.
Os 6 principais benefícios do vinho para a saúde comprovados cientificamente
O vinho é o grande vencedor quando comparado a outras bebidas alcoólicas. Devido aos inúmeros estudos desenvolvidos atualmente, sabemos que ele contém uma mistura complexa e concentrada de substâncias químicas saudáveis, chamadas polifenóis, que podem afetar positivamente muitas funções do nosso organismo. É preciso salientar que o consumo excessivo de álcool (mais de três doses por dia), pode levar a muitas doenças.
- O vinho pode melhorar a saúde do coração
O consumo moderado (até duas doses) de vinho tinto pode reduzir o risco de doenças cardíacas em aproximadamente 20%.
A explicação para o fato é que o álcool desenvolvido nesta bebida reduz a formação de placas de entupimento das artérias, aumenta o colesterol bom, diminui a inflamação, e inibe a coagulação do sangue o que diminui o risco de aterosclerose.
Os polifenóis presentes no vinho tinto também agem ajudando a diminuir a pressão arterial, reduzindo a oxidação de lipídios e aumentando a capacidade dos vasos sanguíneos de se dilatar. Eles ainda ativam a produção de proteínas que previnem a morte celular.
- O consumo moderado de vinho tinto está ligado a um menor risco de diabetes
Pesquisas recentes mostraram que pessoas que tomam regularmente vinho tinto têm mais facilidade em manter e regular o teor do açúcar no sangue. Tais resultados sugerem que são os componentes não alcoólicos do vinho tinto, principalmente os polifenóis, que têm um efeito benéfico sobre o açúcar no sangue e a função da insulina.
Embora haja evidências de que a diabetes tipo 2 é menos prevalente entre os bebedores moderados, a relação risco-benefício é controversa. Por isso tantas pesquisas são feitas acerca do assunto.
Pesquisadores da Universidade de Ben-Gurion do Negev Medical Center-Soroka e de um Centro de Pesquisa Nuclear, também Israel, testaram tanto o vinho tinto quanto o branco em relação ao controle de glicose, e associaram os resultados positivos ao metabolismo do álcool de acordo com o perfil genético de cada pessoa.
Uma pesquisa anterior sugeriu que o vinho tinto tem propriedades particularmente vantajosas para as pessoas com diabetes tipo 2 porque ajuda a conter o risco potencialmente maior que estas pessoas têm de desenvolver doenças cardiovasculares.
- Consumir vinho pode prevenir doença de Alzheimer e demência
Nos últimos dez anos uma série de estudos tem relatado uma redução significativa dos riscos de qualquer declínio cognitivo, demência ou doença de Alzheimer em pessoas que consomem quantidades moderadas de álcool, principalmente o vinho tinto, em comparação àqueles que não bebem.
O consumo moderado de vinho tinto previne significativamente a deterioração da memória e o desenvolvimento de alterações no cérebro como o Alzheimer, foi o que apontou alguns estudos específicos feitos em animais.
- Vinho pode reduzir sintomas da depressão
Num dos estudos mais recentes dedicados a investigar os benefícios do vinho tinto para a saúde, pesquisadores espanhóis relataram uma taxa de 32% menos casos de depressão entre os consumidores de vinho.
O estudo foi publicado no site BMC Medicine, um jornal eletrônico de medicina. Nele foram analisados mais de cinco mil homens e mulheres com idade entre 55 e 80 anos durante sete anos e os resultados mostraram que aqueles que consumiam quantidades moderadas de álcool, principalmente na forma de vinho tinto na faixa de dois a sete doses por semana, apresentaram taxas significativamente mais baixas de depressão em comparação a pessoas que não ingeriam nenhum tipo de bebida alcoólica.
- Consumir vinho pode retardar o crescimento de células de alguns tumores malignos
De acordo com descobertas feitas por cientistas da Universidade de Creta, na Grécia, o vinho pode retardar o crescimento de células do cancro de mama e da próstata, além de evitar o desenvolvimento de tumores da boca.
Cientistas franceses, por sua vez, descobriram evidências de que o antioxidante do vinho chamado resveratrol pode conter o crescimento de células de cancro no fígado.
No Reino Unido, cientistas da Universidade de Leicester informaram durante a Segunda Conferência Científica Internacional sobre Resveratrol e Saúde, que o consumo regular e moderado de vinho tinto pode reduzir o índice de tumores intestinais em aproximadamente 50%.
Pesquisas recentes também analisaram a relação entre o consumo regular de vinho e o cancro de mama, uma vez que estudos já mostraram que a maioria das bebidas alcoólicas aumenta o risco de cancro de mama. O que se descobriu, no entanto, foi que a ingestão de vinho tinto tem o efeito oposto.
- Vinho para uma vida mais longa
Pesquisadores da Harvard Medical School relataram que o vinho tinto tem propriedades que previnem o envelhecimento. Eles atribuíram estes benefícios do vinho especificamente ao resveratrol presente na pele das uvas roxas.
Os resultados da pesquisa, publicados na revista Cell Metabolismoffer, foram a primeira prova definitiva da ligação entre as propriedades antienvelhecimento de resveratrol e o gene SIRT1, um gene que codificam enzimas e proteínas estruturais no nosso organismo.
Embora as propriedades do vinho para manter a longevidade sejam ressaltadas desde a antiguidade, somente agora temos pesquisas que realmente atestam o facto.