O melanoma é o tipo de cancro cutâneo mais grave, sendo responsável por mais de 80 por cento das mortes por cancro da pele. A observação clínica em consulta é suficiente para detetar problemas e obter um diagnóstico precoce da doença, um procedimento que resulta, na maioria das vezes, no sucesso do tratamento.
Muitas vezes, o primeiro sinal de melanoma é uma alteração no tamanho, forma, cor ou textura de um sinal existente. A maioria dos melanomas apresenta uma zona preta ou preta-azulada; também pode surgir como um novo sinal: pode ser preto, anómalo ou com “mau aspecto”.
Para ajudar a lembrar o que deverá ser vigiado, poderá pensar nas letras “ABCD”:
Assimetria: a forma de uma metade não coincide com a outra.
Bordos: as margens são geralmente irregulares, biseladas, parecendo borradas ou irregulares; o pigmento pode espalhar-se para a pele circundante.
Cor: a cor é desigual; pode apresentar sombras de preto, castanho e um tom bronzeado. Também podem ser observadas zonas de branco, cinzento, vermelho, rosa ou azul.
Diâmetro: existe uma alteração no tamanho, que geralmente aumenta. Os melanomas são, por norma, maiores do que a borracha de um lápis (5 milímetros).
O aspecto dos melanomas pode variar muito. Muitos apresentam todas as características ABCD. No entanto, alguns podem apresentar alterações ou anomalias em apenas uma ou duas das características da regra “ABCD”. Há quem também fale na letra E, de Evolução.
O melanoma, numa fase inicial, pode ser detectado quando um sinal existente sofre ligeiras alterações como, por exemplo, quando se forma uma nova zona negra. Outros sintomas comuns de melanoma são: aparecimento de pequenas crostas (recém-formadas) e/ou comichão num sinal existente. Num melanoma mais avançado, a textura do sinal pode modificar-se: pode tornar-se duro ou com protuberâncias. O melanoma pode ter uma aparência diferente de um sinal comum. Os tumores mais avançados podem fazer comichão, exsudar ou sangrar. Regra geral, o melanoma não provoca dor.
No exame médico de rotina, é feito um exame da pele. É importante que a própria pessoa faça o exame da pele, para verificar se tem novas saliências ou quaisquer outras alterações. Qualquer alteração na pele (ex.: num sinal) deve ser imediatamente referida ao médico. A pessoa poderá ser vista por um dermatologista (médico especializado em doenças da pele).
O melanoma pode ser curado, se for diagnosticado e tratado enquanto o tumor é fino e não invadiu a pele, em profundidade. No entanto, se não for removido numa fase inicial, as células cancerígenas podem disseminar-se e crescer para o interior da pele, invadindo tecidos saudáveis. Quando um melanoma se torna espesso e profundo, significa que a doença está disseminada, muitas vezes para outras partes do corpo, tornando-se difícil de controlar.
Uma pessoa que já tenha tido um melanoma, tem um risco aumentado de voltar a ter melanoma. Uma pessoa em risco de ter melanoma deve observar cuidadosa e regularmente a sua pele; deverá fazer exames clínicos regulares à pele.
O melanoma é o tipo de tumor menos frequente, mas o mais perigoso. Pode afetar pessoas de qualquer idade, ao contrário dos carcinomas anteriores que são mais comuns em pessoas mais idosas. Variam muito de aspeto, podendo apresentar-se como uma lesão pigmentada que vai escurecendo, desenvolvendo contornos irregulares ou cores variadas, ao longo do tempo, ou como um nódulo rosa ou vermelho.
O principal factor de risco para o aparecimento de melanoma é a exposição à radiação ultravioleta, ou seja, o prolongamento excessivo à exposição dos raios solares. Contudo, apesar desta informação ser frequentemente disseminada, os comportamentos ainda deixam algo a desejar e potenciam o surgimento de melanoma. Por exemplo, 60% das pessoas não se protegem o suficiente ou nunca utilizam protector após a pele estar bronzeada.
Cuidados a ter com o sol
Sem as medidas de prevenção adequadas, a exposição solar é um fator de risco para o melanoma e outros tipos de cancro da pele.
Deve escolher-se um protetor solar que proteja a pele das radiações UVA e UVB, aplicar cerca de 30 minutos antes de se expor ao sol e renovar a aplicação de 2 em 2 horas.
Em primeiro lugar, o importante é conhecer bem o seu tipo de pele. Têm maior risco as pessoas de pele clara com muitas sardas e sinais, cabelos claros ou ruivos e que não se bronzeiam ou bronzeiam mal.
Mesmo depois de já estarmos bronzeados devemos continuar a usar protetor solar. Não há bronzeados perfeitos, porque o bronzeado é já por si uma reação da pele a uma agressão. A pele produz pigmentos para construir uma espécie de “capa protetora”.
Se não tivermos cuidado, o sol pode provocar: desidratação, insolação, queimaduras, descamação, dor, pele vermelha, entre outras.
Existem certas zonas de alto risco, que devemos proteger mais do que o normal, durante a exposição ao sol. São elas: o rosto, o contorno dos olhos, os lábios, o nariz, as maçãs do rosto, o peito, as virilhas, a parte interna dos joelhos, os ombros, e as costas. Proteger o rosto atrasa o processo de envelhecimento produzido pelos raios solares. Óculos de sol, com lentes à prova de raios solares, são bastantes úteis. Porque os lábios são revestidos por pele muito fina, é importante protegê-los com batom apropriado. O nariz, devido a ser a parte mais saliente do rosto, tem tendência a avermelhar, recomendando-se proteção extrema. Normalmente os ombros e as costas são as zonas mais expostas ao sol, portanto, mais sujeitas a queimaduras. A barriga é a zona menos sensível, mas nunca devemos esquecer de a proteger.
Os dados mostram-nos que:
· O cancro da pele é o cancro mais comum do mundo
· 90% dos cancros de pele podem ser tratados se forem detetados a tempo
· A exposição ao sol e raios UV levam à transformação dos sinais em lesões cancerosas: 50 a 70% dos cancros de pele estão, de facto, ligados a sobre-exposição ao sol e aos rais UVA e UVB1.
O Cancro da pele é geralmente causado pela exposição excessiva aos raios UV do sol, que penetram e danificam a pele ao longo do tempo. As lesões cancerígenas são susceptíveis de aparecer em lugares expostos ao (UVA e UVB) sol com mais frequência na cara, pescoço, costas e membros. É mais comum em pessoas com mais de 50 anos, mas todos podem ser afetados.
Para o proteger do sol, há vários hábitos que pode adotar: evitar expor-se ao sol entre as 12h e as 16h, aplicar regularmente o protetor solar de fator elevado e usar óculos de sol, chapéu e T-shirt na praia.
Existem alguns grupos de riscos que devem estar especialmente atentos e procurar com regularidade o dermatologista a par com as medidas necessárias de protecção, como:
- Pessoas de pele clara
- Pessoas de cabelo ruivo ou loiro
- Pessoas de olhos azuis ou esverdeados
- Pessoas com dificuldade em bronzear
- Pessoas com tendências para formar sardas
- Pessoas com tendência para formar muitos sinais de cor castanho escura e irregulares
- Pessoas com história de exposição solar intensa e intermitente durante a infância
- Pessoas com uma forte exposição solar diária (exemplo: surfistas, atletas)