O que é a Osteoporose?
A osteoporose é uma doença óssea sistémica caracterizada por uma densidade mineral óssea (DMO) diminuída e alterações da microarquitetura e da resistência ósseas que causam aumento da fragilidade óssea e, consequentemente, o aumento do risco de fraturas.

Se não for prevenida precocemente, ou se não for tratada, a perda de massa óssea vai aumentando progressivamente, de forma assintomática, sem manifestações, até à ocorrência de uma fratura.

Uma vez que o número de mulheres em risco de desenvolver osteoporose pós-menopáusica aumenta à medida que a população vai envelhecendo, é fundamental identificar de forma precoce e exata quais as que se encontram em risco de sofrer fraturas.

 

o que é a doença

 

Sintomas da Osteoporose
Habitualmente não ocorrem sintomas clínicos de osteoporose antes da ocorrência de uma fratura.

Excetuando os casos em que o doente efetua o rastreio da doença, o diagnóstico só se realiza após a ocorrência de uma fratura: para muitas mulheres pós-menopáusicas, a ocorrência da primeira fratura osteoporótica é o primeiro sintoma sugestivo da doença.

Causas da Osteoporose
A osteoporose decorre de um desequilíbrio entre as células que produzem a substância óssea (fase que se designa por formação) e as células que destroem a substância óssea (reabsorção), ou seja, as células que se encontram envolvidas no ciclo normal renovação (designada por remodelação) do osso.

A perda de substância óssea torna-se tão acentuada que mesmo as atividades quotidianas que implicam um esforço mínimo sobre os ossos podem provocar a sua fratura.

A osteoporose, que pela definição operacional da Organização Mundial de Saúde (OMS) é sinónimo de Densidade Mineral Óssea (DMO) diminuída, pode ter múltiplas causas, e pode classificar-se num dos seguintes dois grupos:
– Osteoporose primária, quando não há uma patologia subjacente que justifique a sua ocorrência. Resulta, em princípio, da diminuição de estrogénios após a menopausa e/ou da aquisição insuficiente de massa óssea durante a fase de crescimento do indivíduo;
– Osteoporose secundária, quando a perda óssea é secundária a uma doença, a um distúrbio alimentar ou a medicação.

coluna
Quer no homem, quer na mulher, a osteoporose e o aumento do risco de fraturas podem ocorrer como consequência de diversas situações clínicas:
•Doenças genéticas
•Hipogonadismo (défice de hormonas sexuais)
•Doenças endócrinas (hormonais)
•Doenças gastrintestinais
•Doenças hematológicas (doenças do sangue)
•Doenças auto-imunes (como a artrite reumatóide)
•Deficiências nutricionais
•Distúrbios alimentares
•Alcoolismo
•Doenças crónicas sistémicas, tais como doença renal grave.

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Diagnóstico da Osteoporose

A definição adotada pela OMS nas recomendações para o diagnóstico da osteoporose baseia-se na diminuição de massa óssea.
O grau de diminuição de massa óssea é determinado através dos valores da densidade mineral óssea (DMO) que mede a quantidade de mineral existente numa determinada numa determinada área de osso.

Prevenção da Osteoporose
De acordo com a organização Mundial de Saúde (OMS), a prevenção da osteoporose define-se como a forma de impedir a perda de massa óssea na mulher recentemente menopáusica e ainda sem osteoporose.
No entanto, num sentido mais lato, a OMS reconhece que a melhor forma de lidar com a osteoporose é através da sua prevenção logo desde o nascimento e ao longo da vida. Algumas intervenções para maximizar e preservar a massa óssea têm múltiplos efeitos benéficos na saúde. Alterações na dieta e no estilo de vida – aumentar a ingestão de cálcio, deixar de fumar, reduzir o consumo de álcool (< 30 g por dia) – podem contribuir para prevenir a osteoporose e, potencialmente, diminuir de forma significativa a taxa de ocorrência de fraturas. O exercício físico também contribui para aumentar a DMO durante o crescimento e minimizar a perda óssea numa idade mais avançada. Quanto mais precocemente se adoptar um estilo de vida saudável, maiores os ganhos em DMO. No entanto, as alterações são benéficas em qualquer idade.

idosa a mexer-se

 

Fatores de risco para a osteoporose
De acordo com Brown JP e Josse RG os Fatores de risco major (mais importantes) para aosteoporose são:
•Idade superior a 65 anos
•Fratura vertebral anterior
•Fratura de fragilidade depois dos 40 anos
•História de Fratura da anca num dos progenitores
•Terapêutica corticóide (cortisona) por via oral ou injectável com mais de 3 meses de duração
•Menopausa precoce (< 40 anos)
•Hipogonadismo (défice de hormonas sexuais)
•Hiperparatiroidismo primário
•Propensão para quedas aumentada

Aproximadamente 30% das mulheres são diagnosticadas com Osteoporose após entrada na menopausa, fruto da perda da produção de algumas hormonas como o estrogénio, fundamental para a saúde óssea.
Altamente incapacitante e debilitante, a Osteoporose deve ser investigada a partir dos 65 anos, por forma a prevenir igualmente uma das principais complicações da doença: as fraturas osteoporóticas.
E não são apenas as mulheres as vítimas desta doença incapacitante, causa de absentismo laboral, dor crónica e elevados custos económicos. Os homens, embora com uma prevalência mais baixa do que as mulheres, também são afetados e, muitas vezes, de forma mais grave.

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Várias são as medidas e comportamentos preventivos aconselhados pelos médicos: manter níveis adequados de vitamina D (promove a absorção do cálcio no intestino, fazendo-o chegar aos ossos); praticar exercício físico moderado, banir álcool e tabaco, fazer uma alimentação rica em cálcio (com diversificados produtos lácteos e outros alimentos ricos em cálcio como espinafres, bróculos e couve galega).