Há estudos que associam a falta de cabelo a complicações, desde aumento de risco de cancro de pele pela maior exposição ao sol, passando pela depressão, isolamento social.

 

Qual a diferença entre alopécia e deflúvio?

Alopécia significa menos cabelo na cabeça. Deflúvio quer dizer mais queda de cabelo. Pode existir alopécia sem deflúvio e deflúvio sem alopecia.

Quais as mais frequentes causas de alopécia?

São a alopécia androgenética (calvície comum) e o deflúvio telógeno.

Como é que a queda de cabelo pode variar com as estações do ano?

O fenómeno é muito menos marcado nos primatas do que em outros mamíferos, e parece ser mediado pela variação na luz solar – a hipófise deteta essa variação e faz variar os níveis de prolactina, melatonina e outras hormonas que atuam em recetores que condicionam variações no ciclo de cada folículo.

O cabelo que cai por deflúvio telógeno pode ser recuperado na totalidade?

Sim, na medida em que o que acontece é apenas um distúrbio do ciclo do cabelo: muitos cabelos estão a cair, mas nascerá outro por cada um que cai. A recuperação do volume total do cabelo poderá levar até um ano.

Quais os medicamentos com alguma eficácia cientificamente comprovada na alopécia androgenética?

Medicamentos de aplicação local: o único é o Minoxidil. Em comprimidos, Finasteride, Dutasteride e Flutamida. Existe um dispositivo LASER aprovado nalguns países para tratamento da alopécia androgenética (há ganho de cabelos muito finos).

Outros tratamentos:

A alopécia, ou perda de cabelo acentuada, constitui um problema que ultrapassa a barreira das questões estéticas, causando muitos estigmas sociais e auto desvalorização pessoal. A forma corrente de mitigar este fenómeno baseia-se na via farmacológica. Porém, em fases adiantadas, o transplante capilar revela-se a única alternativa para a recuperação do bem-estar psicossocial dos indivíduos vítimas dessa condição. Os avanços tecnológicos são notórios, nomeadamente na robotização do transplante, embora o número de folículos de boa qualidade disponíveis seja um dos fatores limitativos. Os recentes avanços na medicina regenerativa podem ser a chave para resolver a disponibilidade de folículos capilares em número e qualidade suficiente para responder às necessidades.

O Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S), da Universidade do Porto, e a Clínica Saúde Viável estabeleceram recentemente uma parceria com o objetivo de revolucionar a saúde capilar. Numa relação clara entre o setor clínico privado, a investigação em biologia e a investigação aplicada em bioengenharia, a ideia deste protocolo é desenvolver investigação em células estaminais de folículos capilares com vista à resolução da calvície.

Segundo o Diretor Clínico da Clínica Saúde Viável, Carlos Portinha, «os estigmas sociais são imensos, condicionando em muito o sucesso social dos indivíduos afetados». Atualmente adianta, a «tecnologia que temos disponível está limitada à fonte de folículos saudáveis, que têm sempre origem no próprio paciente. Daí a importância de ultrapassar esta limitação».

Recorde-se que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 50% da população masculina sofrerá de calvície até aos 50 anos. Existem também estudos que associam a queda de cabelo acentuada a complicações psicológicas, nomeadamente ansiedade e depressão.

A prevenção é sempre o melhor remédio. Para prevenir a queda sazonal existem hábitos e produtos que se podem tornar ótimos aliados. O mais importante é manter uma alimentação equilibrada, tudo o que ingerimos reflete-se na nossa pele e até mesmo no couro cabeludo.

O envelhecimento repercute-se no nosso cabelo tornando-o mais fino e rarefeito, como consequência de alterações no organismo.

Mudanças hormonais e no metabolismo (motivadas por stress, doença, alterações nutricionais) podem levar à queda de cabelo temporária, o que justifica boa parte dos casos de queda de cabelo repentinos. Particularmente na mulher, essas mudanças podem ocorrer devido às adaptações fisiológicas durante a gravidez ou parto, devido à irregularidade no uso de pílulas anti concecionais e, também, na menopausa.

O uso de champôs inadequados, produtos químicos, uso excessivo fontes de calor pode levar a um desequilíbrio no couro cabeludo é alterado havendo um aumento da produção de queratina, o que por sua vez aumenta o número de células mortas, traduzindo-se na conhecida caspa. Esta é um indicador de que algo não está bem no couro cabeludo.