A Associação Portuguesa de Urologia (APU) assinala, entre os dias 5 e 30 de novembro, o Mês de Alerta para as Doenças do Homem, para lembrar os portugueses que a vigilância médica periódica é essencial para despistar doenças e salvar vidas.

 

Embora o cancro da próstata (e as patologias que a ele se associam) seja a doença mais conhecida e temida entre as que envolvem a saúde do homem, existem outros problemas a que os homens devem estar atentos. O Dr. Luís Abranches Monteiro, urologista e presidente da Associação Portuguesa de Urologia, destaca, neste contexto, os tumores do testículo e as disfunções sexuais. 

 

Os tumores do testículo, são, tal como os da próstata, silenciosos (assintomáticos), mas também são altamente curáveis em mais de 95% dos casos após tratamento, “mesmo que, entretanto, já se tenham espalhado por outras partes do corpo”, explica o Dr. Luís Abranches Monteiro. Para além disso, estes tumores, ao contrário dos da próstata, podem ser detetados por autoexame, através da palpação. O urologista destaca ainda uma característica importante relativamente a estes tumores, também muito diferente dos da próstata: os tumores do testículo, embora raros, surgem na segunda década de vida, sendo os homens afetados muito jovens. 

 

Assim sendo, as causas das disfunções sexuais podem ser as mais diversas e devem ser investigadas para determinar a sua melhor terapêutica. A disfunção erétil pode ser prevenida evitando os comportamentos de risco dos vasos sanguíneos. No que toca às disfunções ejaculatórias, caso não se encontre a causa, é necessário tratamento farmacológico. 

 

Apesar de benignas, estas disfunções podem ter um grande impacto na qualidade de vida do homem e do casal. “Há algum pudor e vergonha nestes casos. Mas verifico que esse pudor acontece muito mais perante os médicos homens do que com as médicas. Nos pacientes mais velhos existe um tabu, nos mais novos é o pânico absoluto porque ‘nesta idade não é suposto isto acontecer’. Há rapazes que chegam mesmo a evitar ter relações sexuais por vergonha”, conta o urologista, presidente da APU.