José Raposo nasceu em 1963 em Angola, onde viveu até aos 13 anos, primeiro no Dundo, depois em Luanda. Foi o primeiro filho de Valdemar Balau Raposo e de sua mulher Elisabete do Nascimento Sá Raposo. José tem um irmão, 6 anos mais novo, Paulo Raposo.
Veio para Portugal, em 1976, para a Penha de França, onde se instalou em casa dos seus avós maternos.
Estudou nas escolas Secundária D. Luísa de Gusmão; Preparatória Cesário Verde; Cavaquinhas do Seixal; e Pragal em Almada. Nesta última, parou os seus estudos no ensino secundário, após ter feito uma audição no Teatro Ádòque e, consequentemente, ter sido selecionado para o que viria a ser o seu primeiro trabalho como ator profissional (aos 18 anos).
Iniciou-se assim no teatro pela mão de Francisco Nicholson, em 1981, no Teatro Ádòque, cuja companhia integrou. O seu primeiro encenador foi António Feio, e no espetáculo seguinte Francisco Nicholson.
No dia em que José se submeteu à audição para o Teatro Ádòque, a sua mãe tinha-lhe marcado uma entrevista na Caixa Geral de Depósitos, à qual faltou para estar no teatro.
Interpretou peças como O Processo de Jesus, de Diego Fabri no Teatro da Trindade; Volpone de Ben Jonson, no Teatro Aberto; O Último dos Marialvas de Neil Simon, na Casa da Comédia; Os Portas de John Godber, no Teatro Nacional D. Maria II; entre outras.
Fez teatro de revista nos palcos do Teatro Maria Vitória, Teatro Variedades, Teatro ABC, entre muitos outros.
Criou, com a sua ex-mulher, Maria João Abreu, a produtora “A Toca dos Raposos”, em 1998, com a qual fez o espetáculo Isto Vai Com Elas; e co-produziu com Hélder Freire Costa, Ó Troilaré, Ó Troilará, Mulheres ao Poder, Tem a Palavra a Revista, A Revista é Linda!, e Já Viram Isto?!…. Com Óscar Branco, co-produziu O Estádio da Nação, e com a Media Capital Entertainment, Alberto e as Borboletas (de Francisco Nicholson e Armando Cortez), e As Taradas (de Eduardo Damas).
Em 2003, participou no espetáculo Cada Dia Um a Um a Liberdade e o Reino, dirigido por Jorge Silva Melo, e trabalhou com Filipe La Féria em A Rainha do Ferro Velho, Um Violino no Telhado, e A Gaiola das Loucas.
Em televisão, estreou-se na RTP, no elenco principal de “Canto Alegre”, em 1988. Entretanto participou em novelas, séries e programas de entretenimento de todos os casais, tendo, nos últimos anos, integrado vários projetos da RTP, nomeadamente “Bem-Vindos a Beirais” e, mais recentemente, “País Irmão”, “Circo Paraíso” e “Sara”.
Em cinema, integrou o elenco de mais de 30 filmes, com especial destaque nos últimos anos para “7 Pecados Rurais”, “O Leão e a Estrela” e “São Jorge”. Na área da animação, deu a sua voz em dobragens em mais de 40 projetos desde filmes a séries de anime.
Ganhou o Globo de Ouro e o Prémio Nacional de Teatro Bernardo Santareno como melhor ator de teatro, pelo musical “Um Violino no Telhado”, no ano de 2009. Venceu, com o grupo Teatro Praga, o Globo de Ouro de Melhor Peça/Espetáculo com Tropa Fandanga, em 2015. Venceu o Prémio Áquila, na categoria de Cinema – Melhor Actor Secundário, com o filme O Leão da Estrela (2016). Com o filme São Jorge (2017), venceu o Prémio de Melhor Actor Secundário de Cinema do Festival Caminhos do Cinema Português e o Prémio Sophia de Melhor Actor Secundário de Cinema.
Em fevereiro vai estrear o novo espetáculo do ator, “Vou Levar-te Comigo”. O elenco conta com Sara Barradas e Vera Mónica e o espetáculo vai andar de Norte a Sul do país.
No final de março, José Raposo vai ser pai de uma menina, fruto da sua relação com a atriz Sara Barradas.