Para falar sobre a importância da vacinação temos como convidada a Enfermeira Sílvia Araújo, em funções no Centro de Saúde Loures/Odivelas.

Vacinação… porquê? 

As vacinas são suspensões de entre outros componentes, de proteínas, toxinas ou microrganismos infecciosos (atenuados vivos ou mortos) e são talvez a mais importante medida preventiva contra doenças infecciosas graves. A inoculação vacinal permite que o nosso organismo produza uma resposta imunitária que combate o microrganismo introduzido, conferindo maior resistência ou mesmo imunidade definitiva ao mesmo.

As vacinas, tal como qualquer outro medicamento, podem conduzir a efeitos adversos graves, no entanto o risco é muito diminuto. O conhecimento destas reações raras é conhecido porque sempre que acontece o caso deve ser reportado pelos profissionais de saúde. Qualquer vacina colocada no mercado é segura, já que antes de sair do laboratório passa por processos de validação com critérios rigorosos. Seja como for, todos os locais que estão habilitados à vacinação dispõem de pessoal preparado, recursos materiais para socorrer a pessoa no imediato em caso de necessidade, e é por essa razão que todos devem aguardar 30 minutos na instituição de saúde após a vacinação. 

 

Quais são as vacinas que fazem parte do Programa Nacional de Vacinação a partir de 1 de junho de 2015?

O Programa Nacional de Vacinação infantil é cumprido quase à risca e tem-se revelado eficaz, segundo a Direção Geral da Saúde. Portugal é um dos países com maior número de vacinas administradas, sobretudo em crianças. Para os adultos, o Programa Nacional de Vacinação apenas prevê a vacina contra o tétano, de 10 em 10 anos.

0 nascimento

BCG (Tuberculose), VHB – 1.ª dose (Hepatite B)

2 meses

VHB – 2.ª dose (Hepatite B), Hib – 1.ª dose (doenças causadas por Haemophilus influenzae tipo b),DTPa – 1.ª dose (Difteria, Tétano, Tosse Convulsa),VIP – 1.ª dose (Poliomielite),Pn 13 – 1.ª dose (Streptococcus pneumoniae)**

4 meses

Hib – 2.ª dose (doenças causadas por Haemophilus influenzae tipo b),DTPa – 2.ª dose (Difteria, Tétano, Tosse Convulsa),VIP – 2.ª dose (Poliomielite),Pn 13 – 2.ª dose (Streptococcus pneumoniae)**

6 meses

VHB – 3.ª dose (Hepatite B),Hib – 3.ª dose (doenças causadas por Haemophilus influenzae tipo b) ,DTPa – 3.ª dose (Difteria, Tétano, Tosse Convulsa),VIP – 3.ª dose (Poliomielite)

12 meses

MenC – 1.ª dose (meningites e septicemias causadas pela bactéria meningococo),VASPR – 1.ª dose (Sarampo, Parotidite, Rubéola),Pn 13 – 3.ª dose (Streptococcus pneumoniae)**

18 meses

Hib – 4.ª dose (doenças causadas por Haemophilus influenzae tipo b),DTPa – 4.ª dose (Difteria, Tétano, Tosse Convulsa)

5-6 anos

DTPa – 5.ª dose (Difteria, Tétano, Tosse Convulsa),VIP – 4.ª dose (Poliomielite),VASPR – 2.ª dose (Sarampo, Parotidite, Rubéola)

10-13 anos

Td – Tétano e Difteria, HPV * (2 doses aos 0 e 6 meses) – Infeções por Vírus do Papiloma Humano, Toda a vida 10/10

anos

Td – Tétano e Difteria

* Aplicável apenas a raparigas.

** Aplicável a crianças nascidas a partir de 1 de janeiro de 2015.

As Vacinas são administradas nos centros de saúde e são  gratuitas.


  • Optar pela vacinação é uma decisão dos pais mas que tem um peso enorme na sociedade. A vacinação permite criar imunidade de grupo: caso surja uma infecção, é mais difícil transmiti-la.
  • A vacinação permite controlar ou até mesmo eliminar doenças. Quando há menos vacinação, as doenças espalham-se mais facilmente pela população.

 

Mais informações sobre este tema no blog O Nosso T2