Será o amor uma ciência simples e exata? Ou será que esta palavra pequenina, de apenas quatro letras, esconde a mais complexa fórmula que, alguma vez, o ser humano tentou descodificar?

“Aprender a A.M.A.R.” é o mais recente livro do psicólogo Fernando Mesquita. Fala-nos de amor, de como é difícil amar e, de como podemos aprender a amar melhor… Porque a verdade é que nunca é tarde para amar e aprender a ser feliz!

O nosso ponto de partida para falar deste tema será um dos capítulos do livro de Fernando Mesquita: “mitos do amor que são obstáculos à capacidade de aceitação”. Recorremos à sabedoria dos provérbios populares e fomos até à rua perguntar se concordam ou não com cada um dos provérbios escolhidos.

 

1 – “Amor com amor se paga”

Significa que, normalmente, recebemos em troca aquilo que damos. Neste ponto podemos apresentar algumas estratégias sugeridas aos casais, em terapia, para reforçarem a capacidade de Cativação Contínua (pág. 166) e Motivação (Reforço Positivo – pág. 189).

No fundo, a base deste provérbio implica: AGIR + MOTIVAR + ACEITAR + RESPEITAR (se trabalharmos estes 4 pilares, na relação amorosa, vamos sentir o retorno do amor).

2 – “Amor forasteiro, amor passageiro”

Significa que todo o amor é passageiro quando não nos permitimos a conhecer e a aceitar o outro. Neste ponto podemos falar sobre o mito do “Amor à primeira vista” (pág. 129) e como, por vezes, confundimos atração/encantamento com amor!

3 – “Não há luar como o de Janeiro nem amor como o primeiro”

Este provérbio significa que “Ano novo, vida nova!” Igual ao primeiro amor – puro e inocente. Neste ponto importa referir que o primeiro amor é aquele que estabelecemos com os nossos cuidadores primários (geralmente os pais). O amor primário vai influenciar a nossa capacidade amar, quando adultos! Também no livro existe referência a este tema: “A falta de amor-próprio” (pág. 25, 101; 130 e 143).

4 – “Quem tem amores tem dores”

Significa que “Amar é sofrer”. Neste ponto podemos falar sobre o mito “O amor é perigoso” (no livro está na pág. 123 a 125 – citação “O perigo não está no amor, mas sim no que criamos à sua volta: a dependência, o apego, a culpa, o ciúme, a traição e as expectativas irrealistas.”)