Segundo a nossa “bruxinha”, Fernanda Botelho: “as ervas aromáticas na sua enorme biodiversidade usam-se para intensificar o sabor dos legumes, carnes, peixes, molhos, sobremesas.” E parece que estas, bem como as flores comestíveis e as especiarias vão ganhando cada vez mais destaque nas cozinhas portuguesas.

Fernanda continua a explicar que todas “ajudam a reduzir a quantidade de sal, açúcar e até gorduras sem que os cozinhados percam sabor. Para além disso estaremos também a beneficiar das suas propriedades terapêuticas e a evitar comer alimentos processados que nos fazem tanto mal.”

E dá exemplos: podemos usar por exemplo uma infusão de funcho para confeccionar uma sobremesa reduzindo assim a quantidade de açúcar, “pois o funcho tem sabor doce, tem uma ação digestiva e anti flatulência, podemos usar as folhas, as flores e as sementes.”

Já a erva cidreira fresca confere um intenso e interessante sabor a limão a qualquer prato, é um bom digestivo e calma do sistema nervoso.

O alecrim para além de todas as suas propriedades medicinais para a memória, concentração, etc é muito importante nos pratos de carne, peixe e legumes. Podemos também usar as suas delicadas flores e os caules para espetadas.

O louro é talvez das ervas aromáticas mais usadas na culinária portuguesa, podemos usar também os caules em espetadas e as folhas maceradas em azeite e usadas em massagens na pele pois são um bom repelente de mosquitos sobretudo se combinarmos com cravinho que é um excelente remédio para dores nevrálgicas.

Os orégãos para além do uso culinário podem também ser úteis em infusão como digestivos e em problemas respiratórios.

A pimenta rosa muito comum nos nossos jardins públicos pode também ser usada na culinária.

O gengibre usa-se para todo o tipo de enjoos, febres, gripes, constipações, etc.

A curcuma tem propriedades antioxidantes e anticancerigenas e usa-se na composição do caril.”

 

Traz para estúdio várias flores comestíveis como a capuchinha, as prímulas, tomilho, margaridas, salvas, camomilas, cebolinho.