Abstinência sexual é o ato voluntário ou involuntário de abster-se parcialmente ou completamente de relações sexuais vaginal, oral, anal ou na forma de masturbação envolvendo dois ou mais indivíduos.

Abstinência sexual involuntária é a privação obrigatória por motivos religiosos, filosóficos, físicos, psicológicos ou morais. Não só a abstinência sexual como a falta de um(a) parceiro(a) para fazer sexo durante um grande período de tempo podem trazer danos às nossas vidas.

Abster-se do sexo seja por motivos religiosos, filosóficos, emocionais voluntariamente ou obrigatoriamente não é recomendável para nenhuma pessoa que queira ter energia para continuar o dia-a-dia e ser mais feliz.

Mais do que complicações psicológicas, a abstinência provoca reações físicas diversas. Nas mulheres, após 10 dias sem sexo, as paredes vaginais começam a perder a sua

elasticidade e ressecamento. Se a falta de sexo durar vários anos, pode tornar-se muito difícil e doloroso praticá-lo novamente.

Nos homens, após 3 dias a potência e volume de sêmen dobram, mas se passar de 10 dias esse quadro pode-se reverter. O maior problema da abstinência não é fisiológico. A falta de uma companhia com relações íntimas, além de ser contra a natureza humana, provoca baixa autoestima, diminui o humor e pode aumentar o risco de doenças.

Quando não fazer sexo é uma imposição filosófica ou religiosa, a situação torna-se um tormento na vida da pessoa e a ansiedade toma conta da sua vida. O sexo não é uma função vital das nossas vidas, muitos conseguem viver normalmente praticando a masturbação ou até mesmo na abstinência total.

O problema encontra-se quando uma pessoa não consegue (ou é obrigada a não) se relacionar com outra pessoa a ponto de praticar sexo. Relações sociais e íntimas bem sucedidas estão diretamente relacionadas à felicidade e à saúde em geral. Uma pessoa que não consegue relacionar-se intimamente, seja por vergonha, problemas de caráter ou qualquer outro motivo, pode sofrer grandes distúrbios psicofísicos e, por isso, há grandes probabilidades de chegar a uma depressão.

A abstinência sexual não desejada tem impacto ao nível mental e físico, prejudicando a saúde e o estado de ânimo, o que, por si só, dificulta a autoestima e a predisposição para o sexo. A abstinência sexual imposta tem efeitos sobre a perceção da nossa imagem e na nossa autoestima, o que pode levar-nos a negligenciar, a reduzir a atividade física e a comer pior, fatores que, em conjunto ou não, são prejudiciais à saúde e ao bem-estar.

Além disso, até mesmo a longevidade fica afetada. Existem evidências científicas de que uma vida sexual ativa está relacionada com um aumento da longevidade e com a redução do risco de morte.

O sexo é ainda um dos responsáveis pela libertação de hormonas do prazer, bem-estar, satisfação e felicidade e das poucas atividades que conseguem, de facto, reduzir os níveis de stress. No caso da abstinência não desejada, os níveis de stress e infelicidade podem mesmo aumentar a olhos vistos.

A abstinência não só afeta a atividade física, como também leva a dificuldades de comunicação e as questões emocionais com o parceiro. Mas não só. Estar impedido de fazer sexo pode ainda provocar muitos transtornos de humor, o que influencia diretamente a qualidade de vida.