Consiste num conjunto de sintomas causados pela compressão do nervo mediano, responsável por controlar a sensibilidade da palma do polegar, dedo indicador e dedo médio e a ação dos músculos ao redor da base do polegar, na sua passagem pelo túnel cárpico que corresponde à estrutura na face palmar do punho.

Causas

Os principais fatores que contribuem para o seu aparecimento são a hereditariedade, uso excessivo da mão, alterações hormonais relacionadas com a gravidez; doenças como diabetes, artrite reumatoide e desequilíbrio da tiroide. Na maioria dos casos, não existe uma causa única.

 

Diagnóstico

O médico irá avaliar a sensibilidade nos dedos e a força muscular da mão, assim como sinais de atrofia nos músculos do polegar. Os punhos serão observados para pesquisar sinais de uma doença reumática. O médico pode ainda verificar se o doente tem edema (acumulação de líquido) nas mãos, nos pés e nas pernas, uma vez que o excesso de líquidos pode aumentar a pressão no canal cárpico.

A observação irá provavelmente incluir a pesquisa dos sinais de Tinel e de Phalen para verificar se o nervo mediano está a ser comprimido ao nível do canal cárpico. O sinal de Tinel está presente quando a percussão da face anterior do punho desencadeia sensação de dor, choque eléctrico ou picadas. Por sua vez, o sinal de Phalen está presente quando a flexão forçada dos punhos durante 30 a 60 segundos desencadeia os sintomas habituais do doente.

Os médicos geralmente diagnosticam a síndrome do canal cárpico com base nos sintomas e no exame físico. As radiografias e outros exames imagiológicos raramente são úteis. O médico deve confirmar o diagnóstico através da realização de exames neurofisiológicos (denominados estudos de condução nervosa – electromiografia) do nervo mediano na mão afectada. No entanto, estes exames não são perfeitos. Em algumas pessoas, os sintomas ou a observação sugerem a presença de síndrome do canal cárpico mas os estudos da condução nervosa são normais. O médico pode pedir análises de sangue para procurar evidência de diabetes ou de uma doença da tiróide uma vez que estas doenças constituem factores desencadeantes comuns da síndrome do canal cárpico.

Dedos - Síndrome do Tunel Cárpico

Sintomas

Podem variar de pessoa para pessoa, de leve a grave e tendem a ser intermitentes numa fase inicial, para depois se tornarem constantes. Por norma, são piores à noite. Uma ou ambas as mãos podem ser afetadas:
– Formigueiro e sensação de picadas na região enervada pelo nervo mediano. Os dedos indicadores e médio são os primeiros a serem afetados;
– A sensação de formigueiro pode evoluir para dor nos dedos, que pode irradiar até ao antebraço;
– Adormecimento dos dedos e/ou em parte da palma da mão;
– Fraqueza de alguns músculos nos dedos das mãos e/ou polegar (casos raves). Pode causar falta de força de preensão e levar à perda de massa muscular na base do polegar.

 

Cirurgia 

Quando o tratamento conservador se revela ineficaz, a cirurgia é uma opção. Uma pequena incisão irá cortar o ligamento sobre a parte superior do punho e aliviar a pressão no túnel cárpico.

É feita em ambulatório, sob anestesia local, envolvendo depois um plano de exercícios elaborado por um fisioterapeuta para garantir a mobilidade completa.

 

Importância da prevenção

Para a maioria das pessoas, os sintomas irão piorar progressivamente se não for adotada nenhuma forma de tratamento.

 

Estilo de vida 

Se os sintomas estão associados a uma atividade esta deve ser
interrompida, modificada ou reduzida. Tente não usar o punho em tarefas  de compressão ou preensão excessiva. Se tiver excesso de peso, emagrecer é importante. Eis algumas opções que deve ter em linha de conta:

– Fisioterapia: Exercícios de alongamento dos flexores do punho e dedos, e de mobilização do nervo mediano podem ajudar. Uma tala poderá ser utilizada à noite ou durante  as atividades que agravam os sintomas. Em www.fisioinforma.com encontra exercícios para esta síndrome.

– Fármacos: Se a situação é parte de uma condição mais geral de saúde (como a artrite), o tratamento dessa doença pode ajudar. Pode-se também recorrer, sob vigilância médica, a anti-inflamatórios não-esteroides. Recorre-se também a aplicações de ultrassons, embora os seus benefícios não sejam consensuais. As injeções de corticosteroides proporcionam alívio, durante três a seis meses.