A 3ª edição da Maratona da Saúde irá ser dedicada às doenças Neurodegenerativas e culminará com mais um espetáculo solidário na RTP, em março/ abril de 2016.

Ao longo desta edição serão abordadas as doenças de Parkinson, Alzheimer e outras Demências, Esclerose Múltipla, Esclerose Lateral Amiotrófica, Doença dos pezinhos, Doença de Huntington, entre outras, que serão acompanhadas por depoimentos de casos de vida.

Dançar com Parkinson

Um projeto inovador de aulas de dança para Doentes de Parkinson realizado em parceria com a Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson e com a Santa Casa da Misericódia de Lisboa. Esta nova iniciativa, inspirada na metodologia desenvolvida pelo projeto “Dance for PD®” criado pela companhia de dança americana Mark Morris Dance Company, pretende dinamizar sessões de movimento cruzando as linguagens e técnicas da Dança Contemporânea e da Dança Criativa, com o objetivo de proporcionar aos Doentes de Parkinson momentos de socialização e bem-estar através do prazer de Dançar, estimulando através do corpo, a criatividade, a autonomia, a memória e domínio corporal e a relação com os outros.

Estas sessões de movimento serão desenvolvidas num ambiente confortável e seguro, atento às especificidades de cada participante, independentemente das suas condições de mobilidade e dependência. As sessões são abertas à participação de Doentes de Parkinson e seus cuidadores (técnicos, familiares e amigos). O projeto “Dançar com Pk” integra uma equipa multidisciplinar de formadores com experiência nas áreas da dança, formação e fisioterapia, contando com o apoio na componente Formação da Bial e tendo sido galardoado recentemente com o Prémio BPI Séniores.

A participação nas aulas é gratuita mediante inscrição prévia através do e-mail: dancarcompk@gmail.com ou dos telefones APDPk (9h-18h): 213850041 e 939672545.

Patient Innovation

Patient Innovation é uma rede social para doentes

Pedro Oliveira criou uma rede social na qual é possível partilhar experiências sobre uma doença que tem — ou já teve. O objetivo é a entreajuda e a partilha de conhecimentos

“Durante o nosso trabalho de investigação, percebemos que há uma quantidade desmesurada de soluções, seja terapias ou equipamentos médicos, que são desenvolvidos pelos próprios pacientes”, explica Pedro Oliveira, investigador na Universidade Católica e no Massachusetts Institute of Technology (MIT). O que acontece é que “os pacientes que vivem com doenças crónicas, por exemplo, arranjam forma de viver melhor com o seu próprio problema”.

Por isso mesmo, Pedro e a sua equipa multidisciplinar decidiram encontrar “um mecanismo para facilitar a troca de soluções entre os doentes” que facilitasse a partilha destes métodos inovadores. Assim, nasceu a Patient Innovation, uma espécie de rede social dirigida a quem tem ou já teve doenças graves, a que qualquer um pode aceder. Depois, é só começar a partilhar informações, fotografias e outros conteúdos sobre determinada doença.

Para ter acesso ao que os outros publicam, há uma ferramenta de pesquisa, quer por doença quer por sintoma. A língua é automática, tendo em conta a preferência do utilizador, e tudo é traduzido.

Para os mais céticos, Pedro Oliveira deixa um exemplo: um engenheiro inglês tinha um problema na artéria aorta, sem solução. Foi ele próprio quem desenvolveu a válvula que foi implantada com sucesso pelo seu médico, em 2005, e lhe resolveu o problema. Entretanto, o modelo da válvula já foi utilizado por outros 30 pacientes em todo o mundo.