O que é a Osteoporose?
A osteoporose é uma doença óssea sistémica, que por si só não causa sintomas, caracterizada por uma densidade mineral óssea (DMO) diminuída e alterações da microarquitectura e da resistência ósseas que causam aumento da fragilidade óssea e, consequentemente, aumento do risco de fraturas.
O que caracteriza as fraturas osteoporóticas é ocorrerem com um traumatismo mínimo, que não provocaria fratura dum osso normal. Também se chamam, por isso, fraturas de fragilidade.
Quais os sintomas?
Habitualmente não ocorrem sintomas clínicos de osteoporose antes da ocorrência de uma fratura.
- Para muitas mulheres pós-menopáusicas, a ocorrência da primeira fratura osteoporótica é o primeiro sintoma sugestivo da doença;
- A ocorrência de fraturas osteoporóticas vertebrais é a complicação da osteoporose pós-menopáusica mais frequente e muitas vezes a mais precoce; nesta fase, a microestrutura interna do osso pode já ter sofrido uma grande destruição e a doença encontrar-se num estado bastante avançado;
- Frequentemente (em aproximadamente dois terços dos casos), as fraturas vertebrais não são diagnosticadas por não produzirem sintomas ou por os sintomas associados – dor na região dorsal ou lombar – serem banais e inespecíficos;
- Após a primeira fratura, muitas vezes não diagnosticada, o risco de novas fraturas aumenta, podendo ocorrer múltiplas fraturas vertebrais e consequente aumento da morbilidade e da mortalidade;
- O diagnóstico e o tratamento precoces da doença são, portanto, fundamentais tendo em vista a prevenção das fraturas.
Quais são as causas?
A osteoporose decorre de um desequilíbrio entre as células que produzem a substância óssea (fase que se designa por formação) e as células que destroem a substância óssea (reabsorção), ou seja, as células que se encontram envolvidas no ciclo normal renovação (designada por remodelação) do osso.
A osteoporose, que pela definição operacional da Organização Mundial de Saúde (OMS) é sinónimo de Densidade Mineral Óssea (DMO) diminuída, pode ter múltiplas causas, e pode classificar-se num dos seguintes dois grupos:
- Osteoporose primária, quando não há uma patologia subjacente que justifique a sua ocorrência. Resulta, em princípio, da diminuição de estrogénios após a menopausa e/ou da aquisição insuficiente de massa óssea durante a fase de crescimento do indivíduo;
- Osteoporose secundária, quando a perda óssea é secundária a uma doença, a um distúrbio alimentar ou a medicação.
Quer no homem, quer na mulher, a osteoporose e o aumento do risco de fraturas podem ocorrer como consequência de diversas situações clínicas:
- Doenças genéticas,
- Hipogonadismo (défice de hormonas sexuais),
- Doenças endócrinas (hormonais),
- Doenças gastrintestinais,
- Doenças hematológicas (doenças do sangue),
- Doenças auto-imunes (como a artrite reumatóide),
- Deficiências nutricionais,
- Distúrbios alimentares,
- Alcoolismo,
- Doenças crónicas sistémicas, tais como doença renal grave.
Fatores de risco
- Idade superior a 65 anos
- Fratura vertebral anterior
- Fratura de fragilidade depois dos 40 anos
- História de Fratura da anca num dos progenitores
- Terapêutica corticóide (cortisona) por via oral ou injectável com mais de 3 meses de duração
- Menopausa precoce (< 40 anos)
- Hipogonadismo (défice de hormonas sexuais)
- Hiperparatiroidismo primário
- Propensão para quedas aumentada
Curiosidades:
- A Vitamina D é a melhor amiga dos ossos;
- Mulheres têm de apostar na prevenção da osteoporose antes da chegada da menopausa;
- Esta doença afeta mais de 17% das mulheres portuguesas e cerca de 3% dos nossos homens;
- Beba leite, caminhe duas vezes por semana, evite álcool e tabaco;
- Previna quedas tendo atenção aos tapetes, fios elétricos e móveis de casa;
- Depois dos 65 anos deve consultar o médico para realizar uma densitometria;
- Mais informações: aosteoporose.pt