Pode criar rotinas que ajudam a evitar imprevistos: seja porque caiu uma prestação de que não se lembrou, teve um gasto imprevisto ou, simplesmente, não controlou as despesas.

É necessário fazer um plano de gastos onde se discrimine todos os rendimentos e despesas mensais. Deve ter-se em conta todas as despesas, incluindo as fixas (contas), as sazonais (seguros, consultas) e as diárias. E não se esqueça de guardar todas as faturas das despesas da família e tomar nota de todos os gastos durante 1 mês

 

Como fazer um orçamento familiar?

O planeamento das despesas requer apenas um pouco de disciplina.

a) Identifique para onde está a ir o seu dinheiro:

  • Discrimine as despesas fixas (luz, gás, água, condomínio, transporte, educação);
  • Considere as despesas sazonais (reparações e revisões automóvel, regresso às aulas, datas comemorativas, férias da família, etc);
  • Guarde todas as faturas das despesas da família e tome nota de todos os gastos diários durante 1 mês;
  • Determine as despesas para cada membro da família. Faça uma estimativa para os próximos 12 meses, mas reveja periodicamente esta estimativa;

 

b) Descrimine também as receitas (Salários; Rendas; Lucros de investimentos);

c) Faça o balanço entre despesas e receitas. Veja quanto lhe sobra;

d) Planeie a sua poupança e o recurso ao crédito. 

 

7Mandamentos

 

7 Mandamentos da Gestão do Orçamento Familiar

  • Elaborar um plano de gastos

Elaborar um plano de gastos é essencial para uma correta gestão do orçamento. O ideal é fazer um plano anual, que contemple todas as despesas correntes e ocasionais, assim como aquelas que derivam dos objetivos de curto, médio e longo prazo. Este plano deverá depois ser transposto para planos mensais (que contemplam as despesas daquele mês, assim como parcelas das despesas ocasionais de montantes superiores que irão ocorrer em meses seguintes). Tão importante como fazer o plano é cumpri-lo!

  • Renegociações

As renegociações regulares dos contratos existentes – de telecomunicações, seguros, gás, eletricidade, ginásio, etc – são um instrumento de poupança, pois podem reduzir custos e/ou melhores condições para o consumidor. Para o efeito, são importantes as pesquisas de mercado, em que a internet é um excelente aliado.

  • Lista de compras

Aconselho-se a que nunca vá às compras sem uma lista. Antes de sair de casa – olhando para o que tem na despensa e no frigorífico – defina o que precisa de comprar, assim como o montante máximo que poderá gastar. Se tiver filhos, leve-os e responsabilize-os pelo cumprimento da lista. Nada melhor do que aprender na prática como respeitar um plano de gastos.

  • Envolvimento da família

A informação transmitida às crianças deverá depender da sua maturidade. Não é necessário estar a sobrecarregá-las com demasiados detalhes sobre as contas da família, mas é importante que conheçam a sua capacidade financeira real, por isso pode-se ir explicando o que se pode ou não gastar e porquê”, diz a economista Susana Albuquerque.

  • Poupança

Deve encarar a poupança como uma “despesa” ou “cargo mensal”. No início do mês tente colocar de parte 10% do seu rendimento destinado à poupança. Mas mais importante do que quanto poupa, é a regularidade com que o faz.

  • Siga o seu dinheiro

O saldo das contas bancárias deve ser visto com regularidade para ter uma noção clara da sua realidade financeira em cada momento e, se for caso disso, fazer reajustes ao seu orçamento.

  • Revisão

O plano de gastos não é um documento estanque, pelo que deve ser revisto frequentemente para, caso seja necessário, haver ajustamentos face a despesas ou rendimentos imprevistos.