Desde cedo, que a qualidade dos cuidados prestados às crianças é fundamental para o seu desenvolvimento. Inerente a esse cuidado está um elemento fundamental, invisível aos olhos, mas sensível ao coração: os afetos.

De facto, a profundidade com que os pais “sentem” os seus filhos, irá sem dúvida influenciar o seu desenvolvimento.
A forma como as crianças se sentem queridas, aconchegadas e amadas, definirá quem serão, o quanto gostam de si e o quanto serão capazes de gostar dos outros.

Aquilo que a criança mais precisa, em primeiro lugar é, sem dúvida, se sentir amada, sendo que em segundo lugar necessita de alguém que imponha limites à sua vontade e ao mesmo tempo a faz sentir protegida e segura.

A primeira infância (do nascimento aos 3 anos de vida) é simultaneamente a fase mais crítica e mais vulnerável no desenvolvimento de qualquer criança. É nesta fase que se estabelecem as bases para o desenvolvimento intelectual, emocional e moral.
A relação emocional dos pais com o bebé será o primeiro passo para atingir essas vertentes do desenvolvimento.

Na verdade, desde cedo que as crianças necessitam de cuidados sensíveis, sendo que a troca de gestos afetivos e emocionais irá ajudá-las a compreender o mundo à sua volta, a formar as capacidades de segurança, confiança, empatia, solidariedade, e a noção do «eu».

Para que se favoreça esta interação é fundamental que os pais tenham tempo para os filhos. É preciso que os pais se apaixonem e deliciem com o bebé. É fundamental que os peguem ao colo, sintam o prazer de os acarinhar, massajar, de envolver num abraço, de sentir-se como parte dele e interagir numa cumplicidade afetiva que respeita a iniciativa, o ritmo e as suas diferenças. Uma relação afetiva emocional e duradoira com um bebé, sem dúvida leva a uma melhor interpretação e consequente resposta. Desta forma, à medida que o bebé irá crescer, os laços afetivos irão solidificar-se em raízes de entendimento, segurança, confiança e amor acompanhando-os toda uma vida.

Quando existem relações sólidas, empáticas e afetivas, as crianças aprendem a ser mais afetuosas e solidárias e acabam por comunicar os seus sentimentos, refletir nos seus próprios desejos e desenvolver o seu relacionamento e amizade com outras crianças e adultos.

Infelizmente, sujeitos às tensões do dia-a-dia, os pais acham difícil ir ao encontro das necessidades dos filhos, esquecendo que muitas vezes, o que eles mais necessitam é apenas um pouco do tempo que eles muitas vezes não têm.

É importante partilharmos das magias das crianças. Brincar com elas, rebolar pela relva, fazê-las sentir a doçura do cheiro da brisa sobre o rosto, sentir a textura da natureza, sentir a frescura da água sobre a pele, o perfume das flores sobre as mãos, a alegria de cantar e desafinar, a emoção de sorrir, de estar e partilhar, de tropeçar mas se erguer, lutar, e alcançar. Isso são gestos de amor que podem fazer com que as crianças cresçam mais felizes e saudáveis.

10 razões para brincar com as crianças:
1- Brincar é a melhor forma de ensinar o seu filho a viver em sociedade
2- Brincar permite desenvolver a criatividade e a agilidade mental
3- Ao brincar ensinam-se conceitos complexos de forma simples
4- Pode-se ensinar as crianças que as acções têm consequências
5- A criança aprende a respeitar regras
6- Aprendem a tomar decisões
7- Brincar fortalece os laços entre pais e filhos
8- Ao brincar descobre-se mais sobre a personalidade das crianças
9- Brincar é uma forma de aprender a estar em equipa e confiar nos outros
10 – Não há melhor forma de despender o seu tempo do que com os seus filhos