Em cerca de 99% dos casos, o cancro do colo do útero é causado pela infeção persistente por HPV de alto risco, vírus do papiloma humano. A sua incidência é de cerca de 900 novos casos por ano.

Surge na parte inferior do útero a que se chama colo do útero e o seu desenvolvimento é silencioso, pelo que não se deve esperar pelos sinais de alarme – corrimento vaginal anormal, dor e perdas de sangue durante ou após a relação sexual.

 

O que é o HPV?

O HPV pertence a uma família de vírus muito comuns que causam infeções nas mucosas humanas (colo do útero, vagina, cavidade oral, ânus) e que se divide em 2 grandes grupos:

  • HPV de baixo risco, responsáveis por exemplo pelo aparecimento de verrugas;
  • HPV de alto risco, assim classificados porque podem causar o cancro do colo do útero.

Há 14 tipos de HPV de alto risco. Destes, os tipos 16 e 18 são responsáveis por 70% dos casos de cancro do colo do útero.

Calcula-se que 4 em cada 5 mulheres são expostas ao vírus em algum momento da sua vida.

Na maior parte das mulheres, a infeção pelo HPV é eliminada pelo sistema imunitário, sem nunca ter criado qualquer tipo de sintomas. Porém, em alguns casos, a infeção persiste e o vírus pode provocar alterações nas células do colo do útero, promovendo a sua transformação em células cancerosas.

 

Como se transmite o HPV?

Qualquer pessoa pode ser infetada com HPV, mesmo tendo apenas um parceiro sexual.

O HPV é sobretudo transmitido por contacto sexual.

A infeção pode persistir durante largos anos sem desenvolvimento de doença.

 

Porque é que o cancro do colo do útero pode ser prevenido?

Porque tem geralmente um desenvolvimento lento e o seu agente causal – o HPV – é conhecido.

É possível prever o risco de desenvolvimento deste cancro e detetar as lesões precursoras através da realização de teste de rastreio.

A prevenção através do rastreio regular (teste de HPV e/ou citologia) é fundamental para evitar o cancro do colo do útero.