O abraço como forma universal de darmos segurança, compreensão e afeto – há gestos que valem mais do que quaisquer palavras. Os abraços não se esquecem, são símbolos de humanidade. É uma forma incrivelmente eficaz de comportamento não-verbal. Muitas vezes, as palavras afastam mais do que aproximam – só precisamos de um “simples” abraço!
Abraçar implica tirarmos as nossas defesas e estarmos totalmente disponíveis para o receber e/pedir – nem sempre é fácil numa sociedade onde nos ensinam a ser “fortes”.
O abraço também influencia o funcionamento do nosso cérebro e do nosso corpo – é uma forma natural de obtermos bem-estar.

Uma boa forma de começarmos a receber é começarmos a dar – comportamento leva a comportamento!

1. Abraçar liberta oxitocina no sangue
2. Abraçar reduz o stress e a pressão arterial
3. Abraçar é uma boa ação recíproca
4. Abraçar faz-nos sentir plenitude e êxtase
5. Abraçar permite-nos realinhar a mente com o corpo

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Todos estes efeitos positivos devem-se à secreção de oxitocina no organismo. Quando damos um abraço a alguém que nos é próximo a oxitocina, conhecida como a “hormona do amor”, é libertada na corrente sanguínea das duas pessoas que se abraçam, relaxando o corpo, diminuindo o ritmo cardíaco, a pressão arterial e os níveis de cortisol.

Além da oxitocina, um abraço promove também a libertação de dopamina, uma hormona que atua como um estimulante, criando uma sensação de prazer no cérebro.

A psicoterapeuta americana Virginia Satir defende que precisamos de 4 abraços por dia para sobreviver, 8 para manutenção do bem-estar e 12 para crescer. No entanto, os cientistas alertam para o facto de estarmos a viver numa cultura que tende a despromover os abraços, seja porque temos pouco tempo para estarmos com as pessoas que nos são queridas, ou porque o «politicamente correto» se intromete nos nossos abraços.

Perante isto, valerá a pena refletir: quantos abraços (não) damos aos nossos filhos na correria do dia-a-dia?
Antes de nos deixarmos amargurar com este pensamento, “mais importante do que a quantidade, é proporcionar abraços e manifestações de afeto enquadradas numa relação responsiva e sensível às necessidades do outro. Isto é, os abraços devem surgir de uma forma adequada ao contexto e aos sinais que nos são transmitidos pelo outro, respeitando as caraterísticas individuais de cada um, de forma a não serem intrusivos e percecionados como negativos”.

 

“Um Abraço pode fazer toda a diferença”
De 19 a 22 de maio, a Fundação Rui Osório de Castro promove a campanha “Um Abraço pode fazer toda a diferença” para angariar fundos para a oncologia pediátrica.
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