Maria da Conceição é uma mulher de grandes feitos desportivos e de grandes causas humanitárias. Foi a primeira mulher portuguesa a chegar ao topo do Evereste. Já correu 55 maratonas, 7 delas em apenas 11 dias nos 7 continentes. Foi distinguida 3 vezes pelo Guiness. E tudo isto para lutar contra a pobreza extrema.
Emigrada há 20 anos, Maria da Conceição viveu na Suíça, Itália, Brasil e Inglaterra. Atualmente divide-se entre o Dubai e o Bangladesh.
De 2003 e 2010, foi hospedeira numa companhia aérea dos Emirados Árabes Unidos. Numa das suas folgas, aproveitou para conhecer o Bangladesh. Foi nessa altura, quando se deparou com as favelas e a situação em que vivem as crianças e suas famílias. Não foi capaz de “olhar para o lado”, olhou as crianças de igual para igual mas ciente que estava a olhar de um ser humano privilegiado para um ser humano desprivilegiado: conheceu a pobreza extrema.
Em 2005, Maria desejou nunca mais as abandonar e fez-lhe uma promessa: iria ajudá-las a estudar e a quebrar o ciclo de pobreza. Foi quando criou a Fundação Maria Cristina que está a ajudar estas crianças e famílias de forma muito concreta, há 10 anos. Maria da Conceição tem feito tudo o que é humanamente possível para ajudar estas crianças que é uma causa de todos, incluindo desafios desportivos de elevado risco físico e psicológico.
Em 2011, com a crise financeira, os apoios começaram a escassear ainda mais. Maria da Conceição arregaçou as mangas, puxou pela cabeça e percebeu que o desporto era uma boa fonte de patrocínios. E, aos 34 anos de idade, sem nunca ter praticado desporto, propôs-se a correr pelo mundo em busca de fundos para a sua causa, a sua fundação, as suas crianças e respetivos familiares. Recorreu a um treinador especializado e a um programa intensivo para começar a correr longas distâncias, a resistir a diferentes climas e adversidades.
A Fundação Maria Cristina trabalha desde 2005 na luta contra a pobreza. Maria Conceição, portuguesa é a sua fundadora e à qual dedica atualmente todo o seu tempo.
“O nosso objetivo é salvar o máximo de crianças possível dando-lhes a melhor ferramenta de todas: a educação”