• Condição emocional

Antes de adotarmos um animal, temos de ter a certeza de que estaremos emocionalmente disponíveis para eles. É necessário ter estabilidade do ponto de vista emocional para podermos dedicar ao nosso animal de estimação o carinho, atenção e cuidados de que ele precisa.      

 

  • Disponibilidade familiar

É necessário verificar a disponibilidade dos nossos familiares para partilharem a casa com um animal de estimação, bem como certificar-nos que nenhum dos habitantes da casa tem algum tipo de contra-indicação à convivência com um animal (ex: alergias). 

 

  • Gastos com o animal 

Com um animal vêm obrigatoriamente despesas: consultas no veterinário, desparasitação, vacinas, comida, entre outras. Temos de garantir que temos condições financeiras para suportar estas despesas, bem como outros gastos inesperados que possam surgir (por exemplo, caso o animal tenha alguma doença ou precise de algum tipo de intervenção cirúrgica). 

 

  • Tempo para o animal 

Para além dos cuidados de sobrevivência, os animais precisam também de atenção e disponibilidade da parte do dono. Não apenas no caso dos cães, em que é necessário despender algum tempo para o levar à rua, mas também com outros animais, como os gatos, é preciso o dono ter tempo para lhe fazer companhia, dar-lhe mimo e devolver a amizade que eles têm para com os seus donos. 

 

  • Adaptação ao estilo de vida 

O animal que escolhermos deve adaptar-se à nossa personalidade e estilo de vida. Se somos pessoas calmas e mais caseiras, não devemos escolher um animal que precise de sair muito ou de gastar muita energia. Se formos adeptos do desporto, podemos escolher um animal que goste de correr para nos acompanhar. 

Deve também ter-se atenção à questão da idade. Por exemplo, não será uma boa ideia uma pessoa idosa adotar um cachorro, pois eles têm muita energia. 

 

  • Ouvir os especialistas e não ser impulsivo 

É essencial estarmos atentos às indicações dos especialistas, para que possamos fazer uma adoção consciente. Não devemos ser impulsivos e adotar um animal baseando-nos na sua raça, no porte, na cor, etc., mas sim nas condições que seremos capazes de lhe dar. 

 

  • Escolher o animal certo 

O animal que adotamos tem de ser adequado ao nosso ambiente e habitação. Para um apartamento pequeno, não será uma boa opção adotar um cão de porte grande, ou adotar um gato para um apartamento num quarto andar e sem proteções nas janelas. O nosso animal de estimação tem de conseguir partilhar connosco um espaço que seja seguro e confortável para ele.   

 

  • Gestão da vida profissional 

A nossa vida profissional tem de ser compatível com as responsabilidades de ter um animal. Antes da adoção, temos de ter a certeza que o nosso horário se ajusta às necessidades do animal, bem como garantir que ele poderá acompanhar as mudanças que possam vir a surgir com o nosso emprego (ex: mudar de cidade ou país).   

 

  • Obrigações legais  

Devemos estar cientes das obrigações legais que se aplicam aos animais. Existem várias leis relacionadas com a adoção e os cuidados de um animal de estimação. Estas obrigações incluem garantir o acesso a água, comida, vacinas, cuidados veterinários e formas de identificação. 

Na via pública, cães e gatos devem circular com coleira, com a indicação do nome do animal e morada ou telefone do dono. A menos que andem pela trela, os cães são obrigados a trazer açaime e a estar acompanhados pelo dono. 

É fundamental garantir a higiene, a saúde, o bem-estar e a segurança dos animais. Com cães de raças potencialmente perigosas, como rottweiller ou pit bull terrier, o dono deve contratar um seguro de responsabilidade civil, com um capital mínimo de 50 mil euros. 

Os donos podem ser responsabilizados criminalmente pelos danos a terceiros. 

 

  • A adoção é para sempre 

Asseguradas e aceites todas as condições anteriores, é necessário fazer uma avaliação mental antes de prosseguir com a adoção. O dono tem de ter a certeza que está disposto a cuidar de uma vida ao longo dos 15/20 anos seguintes.  

Quando se adota um animal, aceita-se a responsabilidade de tomar conta dele ao longo da sua vida. Esta responsabilidade tem de ser independente de mudanças de casa, de trabalho, do crescimento do animal, de companheiros que não gostem de animais, da vontade de ter filhos, de uma gravidez (que origina, por exemplo, o medo da toxoplasmose), entre muitas outras decisões e mudanças. 

Quem adota um animal deve assumir o dever de nunca o abandonar ou dar a outros donos.