“Somos um grupo de pessoas de Coruche”, é assim que se apresenta este o grupo de reformadas. “Todos trabalhávamos aqui em Coruche… Umas nas escolas, outras no centro de saúde até que chegou a altura da reforma”, conta Rita Baltazar.
Em comum têm a fé: são todas católicas praticantes e fazem parte do movimento dos cursilhos de Cristandade.
A certa altura, a Rita propôs que a criação de um atelier de costura para cada uma fazer o que sabe. “Um atelier aberto à comunidade. Primeiro éramos duas, depois quatro, depois seis… sempre a crescer!”, conta Rita entusiasmada.
No primeiro Natal fizeram muitos gorros e golas de lã para oferecerem ao ATL de crianças carenciadas da Cáritas. No ano a seguir fizeram almofadinhas de lã para um lar de idosos.
“As pessoas sabiam que estávamos lá e iam lá pedir, por exemplo, para fazermos arranjos de costura. Como não podem pagar a uma costureira, vão lá e nós fazemos o que sabemos”, conta Rita.
Há três anos, uma das senhoras deste grupo viu num programa de televisão uma senhora que juntava tiras de lã e distribuía. A ideia voou até ao atelier e foi aí que começaram a fazer mantas e gorros de lã e a entregar à Comunidade Vida e Paz para que distribuísse pelos sem-abrigo.
Este sábado, dia 8 de dezembro, foi a primeira vez que foram entregar as mantas em mãos aos sem-abrigo. Uma noite especial que não vão esquecer.
Foi uma noite onde percorremos todos juntos várias zonas com sem-abrigo em Lisboa. Conheceram pessoas e histórias de quem vive na rua e a quem estas mantas vão aquecer mais o coração.