Serenella Andrade convidou a fadista Maria da Fé, para uma homenagem no Agora Memórias.
Maria da Fé nasceu no Porto em 1942. Cedo se põe a cantar o fado. Já aos nove anos, na sua cidade natal, o Porto, participa em festas particulares, ganhando concursos. Com dezoito anos muda-se para Lisboa, sendo logo contratada para cantar nas principais casas de fado e depois no Casino do Estoril.
O seu primeiro disco é de 1959. Esta criação dá-lhe projeção nacional. Inicia em 1963-64 a sua experimentação musical lançando o Pop-Fado, algo criticado por tradicionalistas, mas que lhe rende maior projeção. Em 1967 alcança finalmente o sucesso com as canções Valeu a Pena, Primeiro Amor e 20 Anos.
Casa-se em 1968 com o compositor e também fadista José Luís Gordo, que lhe dedica algumas composições e a tem como autêntica musa e do qual teve duas filhas Filipa Gordo e Rita Gordo. No ano seguinte torna-se a primeira fadista a participar no Festival RTP da Canção.
Maria da Fé é uma das raras artistas portuguesas a levar o fado até ao Brasil (1984 – 1987), atuando nas principais casas de espetáculo do Rio de Janeiro e de São Paulo. Faz chegar o fado a outros países, como os Estados Unidos, Bélgica e Itália.
No ano de 2005 o Ministério da Cultura de Portugal, atribui-lhe a Medalha do Mérito Cultural, como reconhecimento por uma carreira de mais de quarenta anos, defendendo uma das mais legítimas vozes culturais do país. Recebe ainda a Cruz de Mérito da Cruz Vermelha Portuguesa e a Medalha de Ouro da Cidade do Porto.
Em 2006, Maria da Fé é distinguida com o Prémio para a Melhor Intérprete Feminina de 2006 pela Fundação Amália Rodrigues.
Em 2009 celebrou 50 anos de carreira, tendo recebido a Medalha grau ouro da Cidade de Lisboa e uma Placa de Prata da Sociedade Portuguesa de Autores.
Foi agraciada com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique pelo Presidente Cavaco Silva.