Catarina Dornelas veio contar a sua experiência com um linfoma de Hodgkin. Como conseguiu ultrapassar as dores, o cansaço, a queda de cabelo e as sessões de quimioterapia.

 

Na família próxima de Catarina não existia ninguém com histórico de doenças oncológicas. Além disso, a nossa convidada nunca tinha tido problemas graves de saúde. Mas, coincidência ou não, a doença apareceu-lhe após uma fase de muito stress.

Foi então que, em Maio de 2015, começou a ter sintomas de cansaço, perda repentina de peso (5 a 6 kg num mês), suores noturnos e comichões nas pernas e nos braços. A dor na axila esquerda revelou um caroço do tamanho de um caroço de azeitona que rapidamente ganhou forma e tamanho de uma bola de golfe. Após efetuar análises, é-lhe diagnosticado um gânglio linfático aumentado. Além desse caroço, apareceram-lhes depois outros no pescoço.

A 29 de Julho de 2015, a nossa convidada recebe a má notícia, a confirmação de ter um linfoma, o Linfoma de Hodgkin.

Bem-disposta e otimista por natureza, Catarina enfrentou a doença de forma tranquila, ao contrário dos pais. A irmã mais velha acompanhou-a em todos os tratamentos. Para a nossa convidada, e neste processo todo, “o mais duro foi lidar com a queda do cabelo”.

Uma das formas que encontrou para lidar com a doença foi criar uma página no facebook – “Memórias de um Hodgkin” – para partilhar a doença com outras pessoas.

Apesar de ter um atestado de 60% de incapacidade, até 2020, Catarina voltou a trabalhar a tempo inteiro logo a seguir à quimioterapia. Mas ainda teve de suportar alguns meses as dores nas articulações e o cansaço. Atualmente, não tem de tomar qualquer tipo de medicação e já regressou ao ginásio.