Em meados do séc. XVIII, Marquês de Pombal proibiu a entrada de novos escravos em Portugal continental e decretou também, entre outras coisas, que os filhos das escravas que nascessem a partir dali seriam pessoas livres. Foi o princípio do fim da escravização de pessoas trazidas à força do continente africano para a Europa. Mas entre meados do séc. XV e finais do XVIII, cerca de um milhão de pessoas foram trazidas para o nosso território para serem escravizadas.
Todos estamos cientes desta sombria página da História de Portugal, mas o historiador Arlindo Manuel Caldeira traz-nos novidades. As exaustivas investigações de AMC para identificar pessoas concretas em situação de escravidão durante esses 350 anos, permitem-lhe desmontar uma série de lugares comuns sobre a escravatura africana em Portugal e oferece-nos uma aproximação sem precedentes ao que foi essa prática. Do Campo das Cebolas e Rossio, em Lisboa, ao Barreiro.