Enquanto não se fizerem testes laboratoriais adequados não é possível saber exatamente de quando datam as colchas antigas de Castelo Branco. Há outras formas de apontar datações prováveis, sim. Mas, como bem explica Clara Vaz Pinto nesta Visita Guiada à coleção de colchas históricas do Museu Francisco Tavares Proença Júnior em Castelo Branco, nada garante que, por exemplo no século XIX, as bordadeiras não reproduzissem modelos de colchas anteriores, nomeadamente no vestuário das figuras humanas, que normalmente aparecem trajadas à moda do séc. XVIII.

Quanto à autoria das ditas colchas, a obscuridade permanecerá. Que mulher, por mais diferenciada que fosse, trataria de assinar um trabalho “doméstico” nos séculos XVII, XVIII ou XIX?

A certificação das Colchas de Castelo Branco foi um passo muitíssimo importante na dignificação desta arte tradicional, mas muito há ainda a fazer. Eis um campo em que a investigação académica deveria investir.