Deixou de lado o curso de Administração e Comércio e a ideia de ser advogada para se dedicar às artes, à música e à representação. Fez 10 digressões pelos EUA e Canadá, entrou em nossas casas em séries como “Bem-Vindos a Beirais” ou “Pôr do Sol”. Pelo meio, a falta de trabalho levou-a 2 anos até Londres, onde para ganhar a vida cuidava de pessoas com demência. Ela reinventa-se! Renova-se e resiste! “Olhos nos Olhos” com… Noémia Costa!
Noémia Costa nasceu em Lisboa, a 7 de Maio de 1964, em Lisboa. Estudou e tirou o curso de Administração e Comércio. E ainda pensou em entrar para o curso de Direito, para ser advogada. Mas quis o destino que fosse outra coisa, que pisasse outras tábuas que não as da justiça.
Foram precisamente os colegas do curso que a inscreveram para participar no concurso de Variedades “À Procura de Novos Valores” que decorreu no Coliseu dos Recreios de Lisboa, em 1980. Cantou “Telepatia”, de Lara Li. Noémia, na altura com 15 anos, não ganhou o concurso, mas ganhou o convite da atriz Verónica para ir com ela e com Luís Horta, entre outros atores, em digressão para os Estados Unidos da América e o Canadá, onde fez cerca de 10 tournées, ao longo da carreira profissional.
Foi a Mãe de Noémia que convenceu o Pai “a não perder esta oportunidade de ela fazer aquilo de que mais gosta”. Estava lançada a rampa de entrada de Noémia Costa no mundo das artes, da música e da representação. A partir daí nunca mais parou…
Como curiosidade, refira-se que o Pai de Noémia foi cantor e deixou de o ser quando a filha nasceu, porque achou que não podia viver só da música. Quis criar condições para que a mulher ficasse em casa a cuidar dos 4 filhos. E, apesar de todos os riscos e receios que envolvem ser artista em Portugal, era o fã número 1 de Noémia. E, para ela, o Pai foi o homem da sua vida. Partiu em 2017.
Noémia começou por cantar aliando depois a representação. Em 1988, ganhou com Licínio França o III Festival da Canção de Lisboa, transmitido em direto pela RTP1, com o tema “Lisboa Nunca Esquece”. Além de ter gravado alguns discos, sobretudo Fado, foi com essas valências que fez vários musicais. Um deles logo no início de carreira, “Annie”, com produção de Sérgio de Azevedo. Cerca de 30 anos mais tarde viria a fazer de novo esse musical, então com produção de Filipe La Féria, com quem também fez os musicais “Amália” e “Piaf”.
Tem no seu Currículo revistas de grande sucesso nacional “Quem Tem Ecus Tem Medo”, “Viv’o Fininho”, “Ond’É Que Isto Vai Parar”, “Lisboa Regressa ao Parque“, “Vá P’ra fora…ou vai dentro!”.
A primeira vez que fez televisão foi pela mão de Nicolau Breyner, a quem chamava o seu “Pai das Artes”. Participou em várias das suas séries como, por exemplo, “Eu Show Nico”, “Os Homens da Segurança” ou “Nico D`Obra”.
Para a RTP, entrou nas telenovelas “Passarelle”, “Desencontros”, “Roseira Brava”. “A Grande Aposta” e “O Sábio”. Ou nas séries “Ballet Rose”, “Esquadra de Polícia”, “Bem-Vindos a Beirais” e, mais recentemente, em“Pôr do Sol”.
De 2004 a 2009, fez parte do “Portugal no Coração”, na RTP1, como atriz residente, onde tinha um papel cómico com “Irene, a Diva”. Depois disso, entre 2008 e 2009, intercalou o “PNC” com a “Praça da Alegria”.
Em Cinema entrou nos filmes “Zona J”, “Amo-te Teresa” e “A Mãe é que Sabe”.