Joana Marques, 38 anos, nasceu a 3 de janeiro de 1986, em Lisboa. É licenciada em Ciências da Comunicação pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Em 2007, começou a trabalhar como guionista. Em 2012, criou e apresentou o programa Altos e Baixos, do Canal Q, junto com Daniel Leitão. O programa teve cinco temporadas. Passou pela Antena 3, onde participou, por exemplo, no programa As Donas da Casa (2015 – 2017), cuja condução partilhou com Ana Galvão. Nesta estação, teve as rubricas de humor +/- 2 Minutos (entre 2012 e 2015) e Extremamente Desagradável, em 2017 e 2018. Sai da Antena 3 – onde já estava desde 2012 -, e estreia-se na Rádio Renascença no mês seguinte.
CURIOSIDADES:
- “Eu tento sempre, em primeiro lugar, olhar-me ao espelho, sou a primeira pessoa a gozar comigo própria. Isso está implícito no meu humor”
- “Na infância passava muito tempo em casa da minha avó materna, depois da escola, e contam que eu fazia grandes birras sempre que os meus pais me iam buscar para voltar para casa”
- “A casa da avó é sempre mais divertida, não há regras, fazíamos imensos teatros juntas… uma espécie de “Cidade sem Lei”, a casa dos avós”
- “Os cheiros da minha infância talvez seja o cheiro a bolos em casa da minha avó”
- A minha era tradutora, o meu pai historiador, professor e escritor e romancista (João Pedro Marques), já estão os dois reformados”
- “O meu pai tem uma enorme mágoa por eu não ler os livros dele, mas não tenho tempo”
- “Tenho um irmão seis anos mais velho que estudou Filosofia, faz crítica de cinema no Jornal Expresso”
- “Os meus pais e irmão sempre foram um bocado intelectuais e eu uma espécie de carta fora do baralho”
- “Lembro-me de estarmos à mesa com eles a discutirem o Ciclo de Cinema Francês e eu a pensar que queria ir ver o “Não se Esqueça da Escova de Dentes”
- “Sempre tive um fascínio pelo lado do entretenimento na televisão”
- “Eu portava-me mal, e num Verão o meu pai decidiu castigar-me e passei as férias a ver os grandes clássicos do cinema… e no fim tinha de fazer uma ficha”
- O meu sonho era ter uma televisão no quarto só para mim, pedia-a ano após ano no Natal, e os meus pais num ano lá me deram uma”
- “Mesmo a estudar tinha sempre a televisão ligada”
- “Comecei a ver alguns programas com o meu olhar irónico e cínico, do género, isto é tão mau que se torna bom de ver”
- Sempre gostei muito de escrever, desde a primária, achava muito gira esta coisa de juntar palavras”
- “Adorava os dias em que escrevíamos composições, redações, e eu até fazia várias, para a turma toda”
- “Tirei o curso de Comunicação Social mas cedo percebi que a mim não me chegava escrever sobre a verdade dos factos”
- “Todos os trabalhos partem de eu escrever: tudo o resto é uma consequência”
- “Eu não sou atriz, acabo por interpretar os meus textos à falta de melhor”
- “Fui guionista durante vários anos nas Produções Fictícias (PF), escrevia para outras pessoas, Herman José , Ana Bola, Maria Rueff”
- “Este grupo onde estou agora nas manhãs da RR, com a Inês Lopes Gonçalves e a Ana Galvão, é o único em que dou por mim a pensar que podia fazer tranquilamente isto durante 10 anos com elas”
- “A rádio surge depois do guionismo e das PF, comecei a escrever uns textos que a Ana Bola e a Maria Rueff liam, elas faziam de manicure”
- “Foi nas Produções Fictícias que conheci o Daniel, ele estava lá a fazer um curso de escrita criativa, porque a área de formação dele tinha mais a ver com Gestão e essas coisas”
- “Acho que o sentido de humor e acharmos graças às mesmas coisas nos aproximou muito”
- O programa no Canal Q, “Altos e Baixos”, foi um sucesso meio inesperado, como não havia orçamento para contratar atores para lerem os nossos textos, eu e o Daniel começámos a apresentar, e correu bem”
- “O Daniel é a calma em pessoa, eu sou fico stressada e enervada com mais facilidade”
- Tento combater uma permanente insatisfação, às vezes estou demasiadas horas a pesquisar para uma rubrica que só dura alguns minutos”
- “Sou hipocondríaca, talvez tenha herdado isso do meu pai, no Verão, quando tenho tempo, marco exames para várias especialidades”
- “Já fui várias vezes ao Hospital a achar que estava a morrer e não tinha nada, uma vergonha”
- “Na Pandemia custou-me um bocado, estava grávida do Nicolau e assustei-me”
- “Ficar a fazer um programa de rádio a partir de casa até foi bom e também soube bem estar com a família mais tempo”
- “Eu sou do FC Porto e o Daniel é do Benfica, eu sou muito mais fanática do que ele, e torna-se complicado porque sou quem se porta pior”
- “Tenho muito mau perder, seja que tipo de jogo for, é uma coisa muito infantil”
- “Extremamente Desagradável”, programa de rádio da Rádio Renascença é o podcast mais ouvido em Portugal
- Joana faz parte da equipa de “Isto É Gozar com Quem Trabalha”, programa de televisão do seu ídolo, Ricardo Araújo Pereira
- Não se diz deprimida, como acontece a muitos humoristas, mas garante que não é a animação da festa.
- Aborrece-se nos eventos sociais e rapidamente percebe que estaria melhor a dormir em casa
- Tem dias em que gostava de não ver ninguém e inveja os eremitas
- Como humorista, garante que o sucesso desta profissão está num olhar cético, em ver as coisas de outra perspetiva.
- Sobre o Extremamente Desagradável: “Há sempre um visado daquele dia, mas é naquele dia, é circunstancial, não quer dizer que eu embirre com aquela pessoa”
- “Nunca estou a fazer uma coisa que eu penso: ‘Estou a fazer isto e está mesmo a ser desagradável a sério, sinto é que, às vezes, o impacto que tem na pessoa é maior do que aquilo que eu esperava”
- Acho muito normal a reação de ficar extremamente ofendido e de até me quererem insultar. Acho supernormal, porque coloco-me no lugar das pessoas”
- “Quando há uma reação mais de tristeza, eu acho um disparate porque é dar um valor que a minha rubrica não tem. É só suposto ser divertida. Soube de alguns casos em que isso aconteceu, das pessoas terem ficado mesmo afetadas, mas essa não é a minha intenção, nem fico nada contente que isso aconteça. Adorava que toda a gente recebesse a coisa como ela é, a meu ver, inofensiva”
- “Há um tipo de pessoa que me atrai muito que são as pessoas muito convencidas, egocêntricas. Ficam sem filtro. Uma pessoa que se adora e que exprime isso, por um lado deve ser ótimo, tenho inveja, mas torna-se muito divertido”
- “Manuel Luís Goucha e João Baião são duas das figuras públicas que já ligaram a Joana Marques a elogiar a rubrica (mesmo quando foram eles os visados). “Pessoas que estão mais habituadas a estar em público – e que já estão há muito tempo – lidam melhor do que aquelas que têm uma fama mais recente ou das redes sociais”
“Elefante na Sala”: O novo livro de Joana Marques
Negacionistas, presidentes, coaches e celebridades reunidos num único livro. Há os temas de que todos falam… e depois há aqueles temas de que ninguém quer falar, só mesmo Joana Marques. Mas não só fala, como escreve livros sobre o assunto.
Uma obra que é também um manancial dos temas mais irrelevantes dos últimos dois anos e, segundo a editora, “mais um livro de Joana Marques com o qual não se aprende nada. Um compêndio de acontecimentos que não seriam memoráveis, se não ficassem aqui eternizados.”
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