Carlos Cunha tem 70 anos e mais de 50 de carreira. Conta que começou no teatro muito por causa do pai, Luís Cunha, conhecido como Luis dos Trapos, por estar ligado a lojas de roupa.

“Era um homem que frequentava muito o Parque Mayer, conhecia toda a gente e um dia o Vasco Morgado, avô do presidente da junta com o mesmo nome, disse se eu não queria experimentar porque estavam a precisar de um miúdo para entrar numa peça, e pronto, deu-se a minha estreia.”

Carlos Cunha estreou-se em 1973 na peça “O Príncipe e a Corista”  no Teatro Variedades. Desde então, participou em várias produções teatrais, como “Um Padre à Italiana”, “Há Petróleo no Beato” e “Cheira a Revista”. 

Também atuou em “Um Crime de Luxo” (1991) e “Teu Mundo não cabe nos Meus Olhos” (2016). 

Em televisão, Carlos Cunha fez parte do elenco de várias séries e novelas, estreia-se em “Sabadabadu”, passa por “Marina, Marina”, “Os Nossos Dias”, “Festa é Festa” e “Sangue Oculto”, entre outras.

Não foi nada por acaso que em 2022 ganhou o Prémio e Reconhecimento ao receber a Medalha Municipal de Mérito Cultura da Câmara Municipal de Lisboa. 

Atualmente está em cena com “O último fecha a porta” 

Uma comédia teatral de Roberto Pereira, que conta a história de dois amigos, Jorge (Nuno Pires) e Artur (Carlos Cunha), ambos sexagenários e divorciados, que, com a idade, passaram a preocupar-se mais com a saúde e decidiram que estava na altura de fazer exames médicos. 

A história começa no dia em que Jorge vai buscar o resultado dos exames e descobre que tem apenas três meses de vida. A partir daí decide com o seu melhor amigo, e uma enfermeira (Erika Mota), fazer uma lista de desejos que quer cumprir ainda em vida. 

Espetáculo com Carlos Cunha, Erika Mota e Nuno Pires.