Victor Manuel Marques Espadinha nasceu em Lisboa, a 10 de Julho de 1939. Viveu em Moçambique entre 1956 e 1964, onde fez 4 anos de tropa. Os seus primeiros trabalhos radiofónicos foram no Rádio Clube de Moçambique.
Também a sua vida artística começou em Lourenço Marques, mais concretamente no Teatro Avenida. Foi ainda jornalista no jornal “A Tribuna”, de Lourenço Marques. Depois foi para a Rodésia do Norte onde trabalhou numa estação de televisão inglesa, a NR TV. Parte para Londres onde frequenta vários cursos de Teatro enquanto paralelamente trabalha na Hitachi, em Park Royal, e foi inspetor no Playboy Casino de Londres, em Park Lane, profissões que exerce para poder estudar.
Em 1966, já em Portugal, tem uma curiosa história de ter feito greve de fome em frente ao Teatro Monumental porque queria se ator. Mas como, na realidade, não queria passar fome, levava croquetes no bolso para os comer em surdina. A verdade é que a coisa resultou e, passados poucos dias, estreou-se no Teatro Villaret, pela mão de Vasco Morgado, numa comédia com nomes como Eunice Muñoz, Rui de Carvalho, Rogério Paulo e João Perry.
Trabalhou também no Rádio Clube Português (RCP), como apresentador de rádio, no Diário Popular como jornalista, e na General Motors como diretor de publicidade. No RCP, torna-se no primeiro disc-jockey português, e é um dos principais intérpretes dos famosos Parodiantes de Lisboa.
Em 1974, a viver em Londres, Vasco Morgado vai buscá-lo para protagonizar, no Teatro Capitólio, em Lisboa, um dos maiores sucessos teatrais de todos os tempos: “Mostra-me a tua Piscina” que esteve 2 anos em cena.
Participa no concurso “A Visita da Cornélia” onde interpretou um palhaço numa rábula. Assina contrato com a editora Polygram para gravar 3 discos. Os dois primeiros singles venderam muito pouco, mas “Recordar É Viver” (1978). tornou-se um grande sucesso.