Mafalda Lira, 37 anos de idade, residente em Oeiras, é professora de Matemática do ensino secundário, casada e com 2 filhos. A nossa convidada é doente oncológica, com 70% de incapacidade, e veio ao “Agora, Nós” contar a história de superação de dois linfomas. Além disso, falar da petição pública que criou em defesa das pessoas com incapacidade mas que querem continuar ativas.

PELO DIREITO À REDUÇÃO DO HORÁRIO DE TRABALHO PARA PESSOAS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA, DECLARADA POR ATESTADO MÉDICO DE INCAPACIDADE MULTIUSO.

 

Mafalda decidiu lançar uma Petição Pública, em Maio de 2016, que proteja pessoas com incapacidade. Atualmente tem um atestado multiusos com 70% de incapacidade, mas afirma que as vantagens para quem tem com esta condição são, essencialmente, benefícios a nível fiscal. No que ao dia-a-dia diz respeito a lei tem lacunas e falta de legislação que ajude pessoas como Mafalda que querem continuar úteis e ativas mas que não aguentam trabalhar com o mesmo ritmo que uma pessoa saudável.

No caso da nossa convidada, ela tem a mesma carga horária que todos os restantes professores. No entender de Mafalda Lira, uma das soluções poderia passar por diminuir o número de turmas e compensar, por exemplo, com aulas de apoio ou trabalho na biblioteca da escola.

A nossa convidada, através de uma reportagem que fez para um telejornal da RTP, acabou por conhecer outra doente oncológica que também lançou uma petição que já atingiu o número de assinaturas para ser discutida em plenária na Assembleia da República. A diferença entre ambas as petições é que a de Mafalda é abrangente e a outra centra-se exclusivamente em doentes oncológicos.