Sopa Dourada do Convento do Carmelo, da Pousadinha (Tentúgal ou Lisboa)
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“É um pão-de-ló cozido a lenha que para além de ovos, açúcar e farinha tem outros segredos que não pode revelar. Depois é fatiado e leva um doce de ovos muito fino e canela». Custa apenas 1,60€. O doce de ovos é divinal, é o mesmo que utilizam para outra especialidade soberba, as Maminhas de Freira. Além de que encontram na Pousadinha o melhor Pastel de Tentúgal. É sem dúvida uma pastelaria para regressar!”

A Encharcada da Pastelaria Alcôa (Alcobaça)
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A doçaria conventual é uma das melhores montras do que fazemos em Portugal, são estes doces que o mundo deve conhecer, uma história que não deve ser esquecida. A maioria confecionada sem farinha, à base de gemas, amêndoa e açúcar, claro. Sendo eu aficionada pela doçaria agora recriada através de receitas desenvolvidas em conventos, tinha de mostrar os melhores doces da Pastelaria Alcôa, que se não conhecem mesmo em frente ao Mosteiro de Alcobaça. Foi a Pastelaria Alcôa que recebeu o 1º prémio na última edição do concurso de melhor doce conventual na Mostra Internacional de Doces & Licores Conventuais e mais recentemente “O Melhor Pastel de Nata de Lisboa”.
“A Encharcada é sublime! O que posso dizer? A perfeição confecionada apenas com gemas e açúcar. Já venceu uma menção honrosa, em 2011, na Mostra Internacional de Doces & Licores Conventuais, pois eu acho que devia ter ganho o 1º prémio. Este é o doce que seleciono enquanto o melhor da pastelaria Alcôa.”

O pastel de Vouzela do Café Central (Vouzela)
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“São idênticos aos Pastel de Tentúgal, mas só na aparência exterior, porque a massa folhada e o recheio em nada são iguais. Este Pastel de Vouzela é vendido no Café Central e produzido por um produtor premiado. São considerados os melhores Pastéis de Vouzela, por isso a receita é um segredo daqueles bem guardados. Voltei ao local de produção onde estive à conversa com Joaquim Rodrigues que começou há 42 anos a confecionar os pastéis de Vouzela. Aprendeu com a sogra Teresa Castanheira, que com 94 anos «ainda faz pastéis de vez em quando», e imaginem que os começou a produzir há 66 anos.
Foi com estes Pastéis que venceu, na categoria “massas folhadas ou fritas”, a terceira edição do Concurso Nacional de Doçaria Conventual Portuguesa. Já lhe disseram que foi o melhor bolo que provaram na vida. A massa dos pastéis é confecionada apenas com farinha e água. «O segredo é a qualidade da farinha e saber trabalhar com ela. Saber o tempo que tem de repousar. Se a farinha não fosse de boa qualidade, a massa quebrava ao esticar», explicou o mestre Joaquim. É necessária paciência para que seja esticada até ficar com a espessura de uma folha de papel.
O recheio é feito com gemas e calda de açúcar, revelaram apenas que cada pastel leva o equivalente a uma gema de ovo. Este doce de ovos é muito fino, o sabor é idêntico ao dos ovos moles, as diferenças é que os reconhecidos doces de Aveiro têm um ponto de açúcar diferente, o creme é mais consistente e deve ter uma maior concentração de gemas.

Os Ovos Moles de Aveiro da casa Maria da Apresentação (Aveiro)
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“No início do projeto rumei a Aveiro para encontrar os melhores Ovos Moles, Indicaram-me a casa Maria da Apresentação, fundada em 1882. Mantêm-se o tacho de cobre, as formas, o jeito de mexer, mantêm-se todo o processo manual, o rigor e a atenção: limpam-se as gemas de qualquer vestígio das claras e batem-se cuidadosamente, enquanto o açúcar e a água vão ao lume até atingir um ponto que as artesãs não sabem definir, só fazer. Depois, unem-se as gemas ao açúcar e vai esta mistura rechear as hóstias em formas marinhas, deixando-se a descansar sobre a noite. No dia seguinte, cobrem-se com uma calda de açúcar fraquinha e deixam-se secar.”

Bolo Real de São Bernardo, Casa dos doces conventuais
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“O Bolo Real de S. Bernardo e foi uma iguaria que eu adorei. É confecionado com amêndoa, gila e doce de ovos. Não leva farinha, por isso é perfeito para celíacos.
Graça começou a fazer este bolo em 1995 e já venceu o prémio «Mérito e qualidade» na Mostra de Doces Conventuais”

Bolo Floresta Negra da Sucréer (Lisboa)
“Chama-se Floresta Negra, é feito com génoise de chocolate, chantilly de chocolate de leite, ginjas e chantilly.
Não sei se já conhecem esta nova pastelaria na Calçada da Estrela, tem iguarias que são um festim para o palato! E este é um dos melhores bolos que já encontrei!”

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Fatia Dourada, da pastelaria Ramos (Aveiro)
“Ainda não partilhei a reportagem nesta pastelaria, mas a Fatia Dourada é feita com pão-de-ló embebido em calda de açúcar, ovos moles e glacé.”