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Iniciou-se no teatro em 1942 no Grupo da Mocidade Portuguesa, com a peça “O Jogo” para o Natal de Cristo, com encenação de Ribeirinho. De 1945 a 1950, frequentou o Conservatório Nacional.

Estreou-se em 1947 no Teatro Nacional na comédia “Rapazes de Hoje”, de Roger Ferdinand. Em 1950 ficou conhecido pela sua interpretação de Eric Birling em “Está lá Fora um Inspector”, de Priestley (1951), estreado no Teatro Avenida. Nesse mesmo ano ingressou no Teatro do Povo (mais tarde Teatro Nacional Popular), onde faria todas as temporadas de Verão, sob a direção de Ribeirinho, até 1958. Fundou, em 1961, o Teatro Moderno de Lisboa, um grupo teatral progressista, que revelou autores nunca representados em Portugal, à revelia da censura. Em 1963 foi para o Porto, assumindo a direção artística do Teatro Experimental do Porto, onde realizou a sua única experiência como encenador, em “Terra Firme”, de Miguel Torga.

O Agora Nós começou este dia de uma forma muito especial, em frente ao Teatro da Trindade, o espaço histórico no Chiado, um palco que Ruy de Carvalho já pisou e do qual guarda boas memórias.

Fez ainda parte de outras companhias e esteve no relançamento do Teatro Nacional D. Maria II, a cuja companhia pertenceu até à sua extinção. Trabalhou com Filipe La Féria e interpretou outros autores como Molière, Tennessee Williams, Bernard Shaw, Anton Tchekov, D. Francisco Manuel de Melo, Eça de Queirós, Luís de Sttau Monteiro, Luiz Francisco Rebello, entre outros.

Cumprindo um velho sonho, protagonizou em 1998, sob a direção de Richard Cotrell, o clássico “Rei Lear”, de William Shakespeare, integrado nas comemorações dos 150 anos do Teatro Nacional e dos 50 anos da sua carreira de ator.

No cinema, estreou-se em 1951, com “Eram 200 Irmãos”, de Armando Vieira Pinto, mas foi nos anos 60 que o seu trabalho se tornou mais relevante nesse campo. Para além dos seus filmes como ator, Ruy de Carvalho tem emprestado a sua voz, diversas vezes, ao cinema.

Atualmente, integra o elenco de Bem-vindos a Beirais, com o papel de Viriato Montenegro.

O Ruy faz parte da história da RTP, com um lugar cativo nesta casa. Nos corredores, já existe uma fotografia dele, da peça “O Monólogo do Vaqueiro”, que foi a primeira peça exibida na RTP, em 1957. Mais de 50 anos depois, voltamos a colocar uma fotografia de Ruy, desta vez da série “Bem Vindos a Beirais”, para que perdure por muitos e muitos anos na memória deste canal e de todos nós!

“Adoro surpresas, amo realmente o meu trabalho e amo o trabalho daqueles que trabalham na minha profissão!”

PARABÉNS RUY DE CARVALHO!

São 88 anos de Ruy de Carvalho que muito nos honra celebrar. Um homem que inspirou, inspira e inspirará quem o rodeia.


“Sinto orgulho quando oiço jovens atores dizerem que sou uma inspiração.”

E quando o Zé Pedro pergunta “Ruy, porque é que é tão bom para as pessoas?”, a resposta toca-nos o coração e enche-nos os olhos de lágrimas…


“É tão fácil gostar do Ruy de Carvalho…”

Ruy de Carvalho tem na família o maior pilar. Ruy e Ruth namoraram 9 anos e foram casados outros 53. Desta união, resultaram dois filhos e três netos.

“Há pessoas que transportam amor e que passam este amor aos outros… tive a sorte do meu pai me passar esse amor.” (João Carvalho)

 

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Veja ainda:
– “Protagonistas” com Ruy de Carvalho

– “No Ar, História da Rádio Em Portugal” com Ruy de Carvalho