Atualmente já encontramos uma maior sensibilidade e alertas para esta questão do consumo dos açúcares. Acontece que é comum as pessoas associarem açúcar ao granulado branco que adicionam ao café e chá, ou integram na confeção dos bolos. Há todo um açúcar escondido em outros alimentos. Por exemplo, a fruta tem um grande aporte de frutose, que é um açúcar. Não devemos, neste sentido, consumir mais de duas peças de fruta por dia. É um perigo as pessoas acharem que o açúcar só afeta o peso. Esta é apenas uma entre as muitas consequências do consumo de doces. Um indivíduo pode desenvolver uma doença autoimune desencadeada pelo consumo de açúcar. O doce está associado ao desenvolvimento da diabetes, de cáries, acentua os riscos de doenças cardíacas, insónias, problemas de pele. Está, inclusivamente, associado ao eventual crescimento de células cancerígenas. Estas alimentam-se de açúcar.
Quando consumimos açúcar o nosso cérebro liberta um neurotransmissor, a dopamina, que nos traz uma sensação de prazer e bem-estar. O nosso corpo passa a procurar esse estímulo e pede alimentos que o saciem no sentido do prazer. Isto em quantidades crescentes. O corpo pede o doce, mas estimulado pelo vício.
Os primeiros contactos com os alimentos fazem-se por intermédio dos pais, educadores, na escola. Dai a importância das boas escolhas por parte destes cuidadores das crianças. Este consumo excessivo de açúcares entronca, depois, em questões sociais. Vivemos numa sociedade onde há falta de tempo. Neste contexto, é muito mais fácil dar à criança um produto industrial empacotado do que fazer uma sandes saudável.
Existem alimentos que têm de ser substituídos à partida, por exemplo o arroz branco deverá ser trocado por arroz integral. Depois, há outros açúcares que encontramos listados nos rótulos. Dou alguns exemplos: açúcar invertido, xarope de açúcar, sacarina, xilitol, frutose, entre outros adoçantes.
O açúcar pertence a um grupo de alimentos denominado hidratos de carbono e, aí, vamos encontrar hidratos de carbono bons e maus.