“Sou uma Maria Capaz. De tudo”. Esta frase foi uma das utilizadas para promover a plataforma que é apresentada como um “contributo português para esta causa na procura da igualdade de direitos e deveres entre homens e mulheres, afirmando a mulher portuguesa no mundo”.
O nome da plataforma criada a 18 de dezembro de 2014 foi emprestado por Capicua, rapper feminina, e uma das mulheres que se assume como feminista, tendo como objetivo contribuir para a igualdade de direitos e deveres entre homens e mulheres.
Rita Ferro Rodrigues e Iva Domingues partiram da longa amizade e da partilha de preocupações sociais para chegar a Maria Capaz.
“A plataforma é feminista, num sentido em que as notícias sobre as mulheres são preocupantes. Dão conta de desigualdades salariais; obstáculos em chegar a cargos de chefia; violência doméstica, com números gritantes. Há muitas questões que vale a pena reflectir no sentido de caminhar para uma sociedade em que haja igualdade entre mulheres e homens”, explica Rita Ferro Rodrigues.
O Maria Capaz começa com o contributo de mais de 300 mulheres, de várias profissões, desde fotógrafas, poetas, historiadoras, arquitectas, que criaram trabalhos com base na suas áreas. A jornalista Maria Elisa Domingues, as atrizes Maria Rueff, Inês Castel-Branco, Jessica Athaide, a apresentadora Leonor Poeiras estão entre as colaboradoras do projeto.
Mas o facto de no site o género predominante ser o feminino, o Maria Capaz não barrou a entrada aos homens e tem um espaço que lhes é totalmente dedicado. José Diogo Quintela assinou o primeiro texto, onde escreveu sobre as mulheres.