A plataforma eulutocontraadepressão pretende informar os familiares e os amigos dos doentes com depressão bem como aos profissionais que trabalham na comunidade, chamados de “facilitadores comunitários” (media, professores e líderes religiosos), que são aqueles que encaminham os doentes para os cuidados necessários. A plataforma também tem uma parte para os profissionais de saúde (médicos de família, enfermeiros, psicólogos, técnicos de serviço social e os farmacêuticos) em que lhes são dadas ferramentas de como se devem organizar para prestar os melhores cuidados de saúde, nomeadamente os cuidados de saúde primários.

O site contempla também outra área para os chamados “outros intervenientes”, onde se juntam também os média, os editores, os dirigentes de empresa, dirigentes de autarquia, entre outros, ou seja, pessoas que de certa forma têm o poder para informar, disseminar informação correta e ajudar de maneira correta os cidadãos.

O site permite que as pessoas tenham acesso a informação de como viver melhor, como ter um melhor estilo de vida e viver com mais qualidade e também, como despistar o seu estado de humor, que permitirá eventualmente ajudar e orientar numa decisão de procurar ajuda. Damos também muitas dicas de como procurar ajuda”, refere Ricardo Gusmão, da Eutimia – Aliança Europeia contra a Depressão em Portugal.


De que forma a plataforma vai ajudar os doentes?

A informação disponível na internet é, muitas vezes, enganadora, o que origina uma série de mitos sobre a depressão. Por isso, esta plataforma vem colmatar esta falha no que diz respeito ao que se diz sobre a depressão. Os dados deste site são baseados num projeto europeu de recolha de informação válida que corresponde a boas práticas. Esta plataforma é baseada na “I Fight Against Depression”, que foi também realizada em Portugal pela Eutimia. Pretende-se dar informação precisa, objectiva e fiável sobre a temática, para que os doentes se possam ajudar a si próprios no processo de identificação e saída da doença.


Dados sobre a depressão
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– A depressão é muito frequente e todas as pessoas a reconhecem e identificam. No entanto, diagnósticos só são feitos pelos médicos;
– A depressão é uma doença com elevada prevalência. Em Portugal, pelo menos 8% da população geral encontra-se afetada em cada ano;
– Nos serviços de psiquiatria e saúde mental, nas consultas mais de 40% apresenta um diagnóstico de perturbação depressiva; 20% dos episódios de urgência e 5% dos internamentos são por doença depressiva; e 70% das depressões não são tratadas;
– 1 em cada 4 mulheres e 1 em cada 8 homens sofre de depressão pelo menos uma vez na vida;
– A maior causa de suicídio é a depressão (em 70% dos casos);
– O número de vidas perdidas anualmente por suicídio excede as mortes por homicídio e conflitos armados;
– O suicídio é a segunda causa de morte em jovens entre os 10-24 anos;
– Moçambique é o país africano com a mais alta taxa de suicídio para ambos os sexos;
– Angola apresenta a pior mudança do mundo em taxas de suicídio padronizadas para a idade (aumento de 49,2% para homens e mulheres em 12 anos);
– Brasil é o país da América Latina com maior número de mortes por suicídio;
– O tratamento da depressão tem uma taxa de sucesso de 70-80%;
– Em 2015, a depressão é já a primeira causa de incapacidade nos países da OCDE;
– Na Europa, em cada hora, mais de 5 pessoas cometem suicídio e mais de 50 tentam matar-se;
– Em Portugal, de 8 em 8 horas morre um português por suicídio – a cada hora há um português que tenta matar-se.

 

Saiba mais em: eulutocontraadepressao.eutimia.pt