De um dia para outro, a vida de Susana Marques, de 40 anos, bancária, mudou radicalmente. A 18 de Agosto quando ia de mota com o marido para o trabalho, teve um acidente que a deixou paraplégica.
Sobre o exoesqueleto
“O exosqueleto possibilita que os paraplégicos assumam a posição de pé e andem. É relativamente leve (23 kgs) e portátil, podendo ser transportado nos ombros e o seu principal objetivo é o treino de marcha na reabilitação”, como explica a médica Filipa Faria.
Este equipamento tecnológico foi adquirido pelo Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão (CMRA) em Abril deste ano, na altura do 50º aniversário da instituição. “É um dispositivo robótico que consiste num fato biónico ajustável ao utilizador, tendo várias áreas de aplicação.” Na área da saúde é utilizado em reabilitação, permitindo que indivíduos com alterações neuromusculares dos membros inferiores possam realizar posição de pé e treino de marcha, conferindo-lhes maior mobilidade, autoconfiança, força, flexibilidade e resistência. “A sua utilização como meio de intervenção terapêutica, proporciona um aumento da funcionalidade e da independência da pessoa, indo de encontro aos principais objetivos da reabilitação”, diz a diretora Filipa Faria. A especialista explica que “para cada utente é preciso parametrizar, decidir a velocidade do passo, o estímulo e a cadência que se pretende pois tudo é adaptado e controlado eletronicamente.” A equipa técnica multidisciplinar que prestou apoio no processo de pesquisa dos sistemas robóticos de marcha existentes no mercado, definiu que exoesqueleto têm características no mercado são imprescindíveis e essenciais na reabilitação da população que acede ao CMRA. “O facto de sermos pioneiros e de termos o único exoesqueleto em Portugal faz com que estejamos a iniciar ainda um longo caminho. Ainda esta semana demos formação dobre esta tecnologia. Este é um mundo que ainda agora começamos a explorar.” O CMRA é pioneiro utilização do exoesqueleto pois é único em Portugal.