Associação Salva-Vidas

 

A Associação SALVA-VIDAS (ASV), Associação para formação em Reanimação Cardiorrespiratória, é desde, 1 de Setembro de 2012, “Sítio de Formação” associado à ENFARTE – Centro Internacional de Treino da American Heart Association (CIT AHA), na administração de cursos AHA.

A ASV está acreditada para efetuar formação em Suporte Básico de Vida (SBV), Suporte Básico de Vida Profissionais de Saúde (módulo com SBVPediátrico) (SBVP), Suporte Básico de Vida com Desfibrilhação Automática Externa (SBV-D), Advanced Cardiovascular Life Support (ACLS).

Saiba mais em: www.salva-vidas.org

 

Transplante de Coração

Um transplante cardíaco é uma cirurgia na qual um doente com um problema do coração potencialmente fatal recebe um novo coração saudável de uma pessoa que morreu. No transplante cardíaco, o doente que recebe um novo coração (o receptor) é alguém que apresenta um risco de 30 a 70% de morrer dentro de um ano sem um novo coração. A pessoa que fornece o coração saudável (o dador) é geralmente alguém que foi declarado em morte cerebral e que ainda se encontra ligado a máquinas de suporte de vida. Os dadores de coração têm geralmente menos de 50 anos, não têm história de problemas cardíacos e não têm nenhuma doença infeciosa.

O recetor e o dador devem ser compatíveis, o que significa que determinadas proteínas nas suas células (denominadas antigénios) são semelhantes. Uma compatibilidade adequada irá reduzir o risco de o sistema imunitário do recetor considerar o coração do dador como um objeto estranho, atacando-o num processo denominado de rejeição do órgão.

O transplante cardíaco trata a insuficiência cardíaca irreversível quando as outras opções de tratamento falharam. Os transplantes cardíacos são realizados para diversos tipos de doença cardíaca.

Para entrar num programa de transplantação cardíaca, é necessário preencher determinados requisitos:

  • Tem menos de 60 anos, mas provavelmente irá morrer dentro de um ano sem um transplante cardíaco;
  • Não apresenta outros problemas médicos potencialmente fatais para além da doença cardíaca;
  • É emocionalmente estável;
  • Está disposto a seguir um programa rigoroso de alterações do estilo de vida e toda a medicação que será necessária depois de um transplante cardíaco.

Se o doente fumar ou se tiver problemas de abuso de drogas ou de álcool, tem de completar um programa de tratamento para o abuso de substâncias antes de receber o seu novo coração.

Cerca de 87% dos doentes submetidos a um transplante cardíaco sobrevivem durante um ano após a cirurgia, 79% sobrevivem durante 3 anos e 70% durante 5 anos. A causa principal de morte é a infecção, não a rejeição do órgão. Com tratamento médico apropriado para suprimir o sistema imunitário, a maior parte dos doentes pode evitar os sinais de rejeição durante o primeiro ano após a transplantação.

 

Caso de Luís Guedes

DSC04614final

Luís tem hoje 43 anos, mas em 2007 apanhou o que considera “o maior susto da vida”. Meses antes tinha sido diagnosticado com uma cardiomiopatia hipertrófica. Começou a ser acompanhado, mas nem medicação tomava. Ao longo do tempo foi sentindo-se mais cansado, e na verdade “já não me sentia bem, mas deixei andar. Achava que era excesso de trabalho e tudo normal”, confessa Luís. De repente teve uma situação de urgência, foi internado no Hospital de Santa Cruz em Lisboa e já não pôde sair do mesmo.

“Ou recebia um transplante ou morria!”, afirma. No entanto, não tem certezas absolutas mas acredita que passou para os primeiros lugares da lista de espera para transplante de coração. “Foi um milagre. Em poucas horas apareceu um dador compatível e tinha um coração para ser operado” diz Luís. Relativamente à origem do coração que recebeu, diz que não tem o mínimo interesse em saber de onde vem e saber mais sobre essa questão, sabe apenas que é agradecido por isto lhe ter permitido continuar a viver. Luís levava uma vida normal até este episódio acontecer e afirma que assim continua até aos dias de hoje.

 

Caso de Cristiano Goldenberg

Cristiano Goldenberg sofreu uma paragem cardiorrespiratória, no dia 12 de abril de 2015, durante uma meia maratona no Rio de Janeiro. Ficou inconsciente por 16 minutos e foi salvo pelo médico cardiologista Bruno Bussade, que estava a correr um pouco atrás dele.