A Associação Médicos do Mundo nasceu em 1980 na sequência da operação “Um barco pelo Vietname”, que levou assistência médica a um grupo de 2564 refugiados vietnamitas que se encontravam à deriva no mar da China, sem que nenhum país cedesse em acolhê-los.

Bernard Kouchner, um dos fundadores da “Médicos Sem Fronteiras”, defendia a ideia de um navio que levaria a bordo médicos e jornalistas para ajudar os refugiados e testemunhar as violações dos direitos humanos face à situação dos boat people vietnamitas. Enfrentando a oposição de alguns, que consideravam a operação demasiado mediática, Kouchner avançou com a missão. Esta é posteriormente prolongada com a acção desenvolvida a partir da “Ilha de Luz”, um navio transformado em hospital, que permite até ao fim dos anos 80 salvar a vida a milhares de refugiados.

Na sequência desta divergência de opinião, Kouchner e outros fundadores da “MSF”, abandonaram aquela associação para fundar, no dia 1 de fevereiro de 1980, em Paris, uma nova organização de ajuda humanitária com vocação internacional: a Associação Médicos do Mundo. O conceito de direito de ingerência, adotada em 1987, serve de suporte às operações na Arménia, Curdistão e Somália. A medicina humanitária transforma-se num combate ético contra os ataques à deontologia.

Em Portugal, a Médicos do Mundo foi fundada a 20 de julho de 1999, por um grupo de médicos que fizeram do lema “Lutamos contra todas as doenças, até mesmo a injustiça…” a sua principal luta. A sede funciona em Lisboa e conta com uma representação no Porto. Atualmente conta com 200 voluntários ativos, 58 sócios, cerca de 9.000  doadores ativos e de 37.000 doadores inscritos.

Com uma presença inconfundível, que transmite credibilidade e revela profissionalismo, a equipa da MdM identificou na Sílvia Alberto o potencial e mérito para dar voz às causas sociais que defende e a sua filosofia de actuação expressa no lema “lutamos contra todas as doenças até mesmo à injustiça…”.

O apelo foi lançado em novembro de 2010 e continuou nos anos seguintes à presente data. Falamos do início de contacto com a Sílvia Alberto, atual Embaixadora da Médicos do Mundo, que respondeu prontamente ao convite da Associação: ser a protagonista da campanha institucional “E Se Eu NÃO TIVESSE ACESSO AOS CUIDADOS DE SAÚDE?”. Esta campanha, lançada oficialmente em 2011, foi concebida com o propósito de alertar consciência social e sensibilizar para existência de pessoas com graves carências ao nível de assistência médica.

Em 2012, Sílvia Alberto foi uma das caras da campanha de emergência “Ligue-Nos Mais”, através da qual a MdM alertou para as 13. 500 pessoas em risco de perder o seu apoio devido a frágil situação que a Associação enfrentou.