Reunimos quem viveu de perto o momento da revolução, as vozes e os rostos de abril e recordar as músicas que foram senha da mudança.

Passaram 41 anos desde que vivemos em liberdade… e fomos saber se os mais novos sabem o que aconteceu nesta data que marca a história do nosso país.

“Até pelo meu envolvimento político, fui aconselhada a não sair de casa. E foi de lá que ia acompanhando pela rádio as notícias e também as transmissões que eram feitas pelos militares. No início do dia nós não sabíamos muito bem o que estava a acontecer… mas já no dia 26 acordámos num Portugal diferente, e então andei pelo Chiado, fui até Cacilhas, no meio do povo, foi um momento muito especial”, recorda Irene Pimentel.

Maria Emília Correia diz que foi uma época muito importante da sua vida, até porque já tinha participado em várias manifestações anti-fascistas. No dia 25 de abril. “Estive na rua, e a partir de dia 25 à noite, e depois a 26, saí para a rua com o meu gravador, para registar o que as pessoas estavam a sentir.” Na altura, Maria Emília trabalhava no programa “Página 1”, da Rádio Renascença, e na parte de Cultura do Diário de Notícias.

Isabel do Carmo lembra-se que no dia 25 de abril de 1974, “estava na clandestinidade, em casa de uns amigos no Porto. Um colega meu alertou-me que estavam a invadir a nossa tipografia, só mais tarde nos apercebemos que eram já as tropas a avançar para a revolução.” Depois disso, Isabel nem hesitou. “Meti-me num carro e fui direta para o Barreiro ter com a minha filha. Foi um dia muito agitado e especial”, recorda.

Manuel Tomaz era um dos autores do Limite, programa de rádio onde passou a senha: Grândola Vila Morena.

Diniz de Almeida foi capitão do MFA e é agora coronel reformado, exercendo psicologia clinica.

Luís Pereira de Sousa foi o primeiro jornalista a dar a notícia da revolução para o estrangeiro.

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