Fátima e José
José Sacramento tomou o gosto de colecionar desde muito novo.
“Já em miúdo comecei a colecionar o papel dos rebuçados. Aproveitava a cola que os rebuçados deixavam no papel para colá-los.”
Durante 60 anos foram vários os objetos que foi juntando em casa.
Começando pelas canetas, José já conseguiu reunir cerca de 6 mil canetas. “São todas com reclames e não tenho nenhuma repetida.” Lápis, esta sim a mais recente, já tem mais de 300 e caricas também tem cerca de 300.
Para organizar todas as coleções, José tem a sua garagem, que fez questão de equipar com prateleiras para poder arrumar tudo. “Tenho tudo por pastas que depois estão organizadas por secções.” Para além da garagem, também tem um quartinho em casa onde guarda outras coleções. “No quarto guardo mais galhardetes.”
Casado há 50 anos, a questão que se impõe, é como reage a esposa aeste hobbie das coleções. “Sempre pensei que ela um dia me metesse fora de casa por causa das coleções. Mas não. Nunca aconteceu e até acabei por lhe pegar este bichinho.”
Fátima Sacramento, de 70 anos, acabou por começar a fazer a sua própria coleção. “Comecei a guardar frascos de perfumes. Depois o meu marido quando ia às feiras ia trazendo alguns para eu juntar aos que tinhas. Acabámos por ter de fazer uns móveis expositores para organizá-los. Já tenho cerca de 300 e são todos diferentes.”
Filipe Ladeiro
Filipe Ladeiro é natural da Figueira da Foz, mas vive em Aveiro. Tem 34 anos e começou a colecionar cachecóis há sensivelmente 4 anos. “Sempre gostei de cachecóis e depois de comprar os três primeiros nunca mais parei. Tornou-se um vício.”
Os primeiros cachecóis que comprou foram um de uma argentina, outra de uma brasileira e uma italiana.
Da sua coleção fazem parte cachecóis de clubes, claques e grupos desportivos de todo o mundo. “São sempre relacionados com o desporto. Não são só de futebol, são de vários desportos.” Filipe já conta com mais de 1500 cachecóis na sua coleção.
A sua coleção está organizada e arrumada em armários num escritório que serve exclusivamente para a sua coleção. A esposa olha para este hobbie como “uma grande dor de cabeça”, explica Filipe.
“Quando temos de despejar os armários e arrumar tudo é ela que me ajuda.”
Maria Laurinda Ferreira
Maria Laurinda, como gosta de ser tratada, começou a colecionar não tinha ainda 6 anos. “Herdei os genes de colecionadora da minha mãe. Ela já tinha este hábito e eu acabei por dar continuidade.”
A colecionadora tem por hábito colecionar miniaturas. “Tenho várias: aviões, vespas, santinhos, caixinhas… Também coleciono bonecas… Tenho muita coisa!”
Maria já tem mais de 1000 caixinhas.
Quando o filho mais novo de Maria Laurinda casou, esta decidiu transformar o seu quarto num museu.
Jorge Carvalho
Jorge Carvalho começou a colecionar fitas há 5 anos.
Já antes desta coleção das fitas, Jorge tentou colecionar outros objetos, mas nada de muito sério. Esta é a primeira coleção de Jorge. “Já tenho cerca de 2700 fitas de colocar ao pescoço. Podem servir para levar chaves mas também algumas de levar telemóveis.”
Em casa, guarda todas as fitas na garagem. “Tenho umas em caixotes e outras estão penduradas em exposição.”
Quem não acha muita graça à coleção é a esposa. “Anda sempre a ralhar comigo, porque deixo as fitas espalhadas por casa… Mas depois lá no fundo, ela até me ajuda. Já me conseguiu muitas fitas.”
Para aumentar a sua coleção, Jorge costuma fazer trocas na internet.
Adolfo Lopo
Adolfo herdou o gosto de colecionar da esposa. “Ela sempre foi de juntar algumas coisas em casa, mas nunca me interessei muito. Só depois da expo 98 é que comecei a pensar em começar a colecionar a sério.”
Entre as coisas que a esposa de Adolfo ia juntando estavam os pacotes de açúcar. Neste momento, a coleção de Adolfo já conta com cerca de 130 mil pacotes de açúcar. “Normalmente vou a encontros nacionais e internacionais de colecionadores de pacotes de açucar. Para além desses encontros também faço trocas. Quando tenho repetidos tento trocar por um que não tenha.”
Em termos de valor, Adolfo confessa que já há quem faça dinheiro com as coleções. “Não é o meu caso. Para mim, a coleção tem mais valor sentimental do que monetário.”