Hoje vamos falar de como planear financeiramente o casamento. Não perca dicas para uma festa de casamento financeiramente equilibrada; conselhos de como gerir o dinheiro no casal; e conhecer os regimes de bens que existem.

Planear Financeiramente o Casamento

Decidiu casar e está envolvido na preparação do grande dia? Para que seja mesmo um dia inesquecível é fundamental fazer um bom planeamento financeiro do evento, evitando dissabores relativamente às contas do casamento. E, também, é fundamental que conversem sobre dinheiro, nomeadamente, sobre a forma de lidar com ele no dia-a-dia.

 

Dicas para uma festa de casamento financeiramente equilibrada

– Defina o montante disponível para o evento e com base nisso defina o tipo de festa a fazer (e não o contrário)

– Veja quanto tempo tem até à data e quanto poderá poupar até lá

– Não gaste mais do que pode

– Invista tempo na pesquisa de fornecedores

– Planeie toda a organização e TODOS os custos envolvidos

– Não fique à espera dos presentes dos convidados para pagar a festa

 

Pontos-chave a analisar e/ou acordar com o seu parceiro

O dinheiro é uma das principais causas de divórcio. Seguem-se alguns pontos que devem ser analisados e/ou acordados entre o casal, de modo a evitar discussões sobre dinheiro:

– Conheça a realidade financeira do seu parceiro.

– Se um dos elementos tiver dívidas, definam de quem será a responsabilidade do seu pagamento.

– Definam o valor que podem pagar pela casa (seja comprada ou arrendada).

– Definam se terão contas conjuntas ou separadas (e quem paga o quê, se forem separadas) ou conjunta e separadas.

– Façam um plano de gastos para terem uma ideia das despesas que irão ter e se têm rendimentos suficientes para os suportar.

– Definam objetivos e estipulem o montante a poupar mensalmente para os atingir.

 

Antes de ir ao Registo – Regime de Bens

Pela igreja ou simplesmente no registo civil, a escolha do regime de bens é um passo muito importante. Converse com o seu parceiro sobre o regime de bens a escolher. É importante que decidam em conjunto qual a hipótese que consideram que melhor se adapta à vossa realidade. Se nenhum dos três regimes que a lei consagra lhe agradar, saiba que pode convencionar um regime próprio, combinando as regras dos três já definidos. O casamento é um contrato, pelo que ambas as partes devem estar de acordo.

 

Regimes de Bens

– Comunhão de adquiridos – de uma forma muito simples, podemos dizer que é como se se construísse uma linha a separar o património (passivo e ativo) adquirido antes do casamento do que será adquirido após a realização do casamento. Isto significa que tudo o que for conseguido durante o casamento, mesmo que um dos elementos ganhe muito mais do que o outro, é dos dois.

– Comunhão geral – depois do casamento tudo o que era de cada um dos elementos (incluindo heranças e doações) passa a ser dos dois, assim como tudo o que for adquirido durante esse período.

– Separação geral de bens – não há comunhão de qualquer bem, quer tenha sido adquirido antes ou depois do casamento.

Como se vê pelas dicas acima, planear todo o evento atempadamente é crucial. Por um lado, porque permite fazer uma boa análise ao mercado e escolher os fornecedores que oferecem o melhor serviço ao melhor preço. Além da internet, as feiras dedicadas aos noivos – que são cada vez mais – também são uma boa oportunidade para tirar ideias, conhecer fornecedores e comparar propostas. Por outro, quanto maior a antecedência mais tempo tem para poupar. Mais uma vez se aplica a velha máxima de que PLANEAR = POUPAR.

O período do ano em que deseja dar o nó também terá impacto no orçamento. A maioria dos casamentos acontece no verão, sendo não só mais difícil encontrar espaços, como também os preços sobem. Pense em todas as hipóteses e escolha a que melhor se adequa a si e à sua carteira.