O representante da Quercus Nuno Sequeira vem ao “Agora, Nós” dar conselhos ambientais para esta época de Natal. Uma altura em que se produz muito lixo e desperdício a nível material e alimentar.

 

 

Informação com base no Comunicado da Quercus | Saiba mais aqui

Em contagem decrescente para o Natal, a Quercus apresenta, como já é hábito nesta quadra, recomendações simples para reduzir o impacte ambiental associado a esta época festiva, nomeadamente ao aumento do consumo e da produção de resíduos.

A par dos benefícios ambientais, muitos dos conselhos, de seguida enumerados, demonstram que a promoção de comportamentos mais sustentáveis favorece também uma maior poupança no orçamento familiar.

Decoração e Árvore de Natal: apostar na longevidade

– Quem optou por uma árvore natural em vaso, deverá tentar que mais tarde a mesma seja plantada no solo ou entregue num viveiro local. – No caso das árvores artificiais e respetivos adereços decorativos, é importante fazer a sua manutenção para que possam ser reutilizados no próximo ano. – A reutilização de materiais de cartão, papel e até plástico, com recurso a alguma criatividade, pode ser uma excelente forma de substituir decorações com maior impacte ambiental,

– Para a decoração de Natal, não se devem usar elementos naturais provenientes de espécies em perigo (por exemplo, o azevinho silvestre), mas será uma boa opção a utilização de ramos de podas de espécies ornamentais, ou silvestres, não ameaçadas; – Uma boa ideia para renovar a decoração é promover a troca de enfeites entre familiares ou amigos no próximo Natal.

Presentes de última hora: apostar nos transportes públicos

– Além de evitar as longas filas de espera para circular e estacionar, utilizar os transportes públicos é uma opção mais amiga do ambiente, com menor poluição associada. Para deslocações mais longas, poderá combinar-se a sua utilização com o automóvel, evitando no entanto conduzir até ao centro da cidade. – Existem cada vez mais feiras e mercados locais, que estimulam o comércio de proximidade. – A escolha dos presentes deve privilegiar produtos úteis, duráveis, educativos, com pouca embalagem e inócuos em termos de substâncias perigosas; – Na oferta de:

– prendas alimentares: deve-se preferir produtos de origem nacional e, se possível, produzidos em modo de produção biológica;

– produtos de perfumaria, cosmética ou higiene pessoal: deve-se escolher marcas com produtos naturais, biológicos e que não fazem testes em animais (consultar a listagem disponibilizada pela Liga Portuguesa dos Direitos do Animal).

– equipamentos elétricos e eletrónicos: é importante pesquisar previamente quais as marcas mais seguras e ambientalmente mais sustentáveis (consultar páginas da Greenpeace e do projeto Topten.pt da Quercus);

– Quando não se sabe o que oferecer:

– Uma opção poderá ser a oferta de uma inscrição como sócio de associações cívicas (como por exemplo Associações de Defesa do Ambiente) ou de um donativo a uma determinada causa ou projeto (apadrinhando um animal selvagem, por exemplo); – Os cheques-prenda são uma boa opção, estando disponíveis em livrarias, teatros; lojas de roupas ou de outros bens;

– A par das ofertas a familiares e amigos, é possível ajudar quem mais precisa sem gastar dinheiro. Por exemplo, através de campanhas de solidariedade social ou oferecendo objetos sem uso em plataformas de trocas ou doações. – Após a troca de prendas, o papel de embrulho, as fitas e os sacos das prendas devem ser reutilizados sempre que possível.

Mesa de Natal

– Uma lista de compras para a Ceia e o almoço de Natal ajuda a evitar o desperdício de alimentos.

– Privilegiar a qualidade em vez da quantidade: confecionar os principais pratos em casa permite economizar e evita um maior consumo de produtos embalados. – Para passar uma importante mensagem à mesa de Natal, nada melhor do que incluir na ementa produtos regionais/nacionais, adquiridos localmente e, se possível, de origem biológica ou provenientes de redes de comércio justo.

– Na altura de pôr a mesa, deve-se optar por louça lavável e atoalhados de tecido, renunciando aos utensílios descartáveis.

Resíduos no sítio certo

– A aposta na reutilização deve ser aplicada desde o papel de embrulho e dos adereços, aos sacos, frascos, caixas e outros recipientes com potencial de reaproveitamento.

– Tudo o que não se puder reaproveitar deve ser separado – papel/cartão, plástico, metal – para colocar no ecoponto. No entanto, a deposição destes resíduos não orgânicos pode aguardar alguns dias, de modo a evitar acumulações nos contentores. – Também o lixo indiferenciado deve ser depositado com cautela e apenas em contentores com capacidade.

Apesar de serem particularmente relevantes num período de grande consumo como é o Natal, a grande maioria das recomendações anteriores são aplicáveis ao nosso quotidiano durante todo o ano.