“Acabe com as dores nas costas” é um livro de Pedro Figueira, especialista em Quiroprática, que pretende acabar com as dores de coluna.

 

Sabia que:

→ 7 em cada 10 pessoas sofrem de dores de costas?

→ Os problemas da coluna são a segunda razão das visitas ao médico, assim como a segunda causa de absentismo laboral em Portugal?

→ Há cada vez mais crianças, devido às mochilas e aos telemóveis, a recorrer aos médicos?

Quando as dores aparecem a solução passa, muitas vezes, por analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares, mas estas são respostas temporárias, que não resolvem o problema. Habituamo-nos a acordar cansados, com dores permanentes, aquela pontada que tentamos ignorar e, aos poucos, perdemos qualidade de vida…

O quiroprático especialista de coluna, Pedro Figueira, ensina-nos neste livro, a fazer uma boa higiene da coluna, sem recorrer a medicamentos. Com exercícios simples para melhorar e corrigir a postura e conselhos muito práticos de como se sentar ao computador, como pegar em pesos, passando pelo peso das mochilas das crianças e os hábitos ao telemóvel e tablet que fazem com que tenhamos “pescoço de SMS”, até à atenção a ter quando se pratica desporto. Para Pedro Figueira a palavra de ordem é prevenção.

Este é o livro para quem tem coluna. Ou seja, para todos, mas mais especificamente para os milhões de pessoas que sofrem, desnecessariamente, de dores nas costas. Tal como trata da sua saúde oral, faz exames regulares ou se preocupa com o colesterol, deve zelar pela saúde da sua coluna. Para viver feliz e sem dores.

“Ao longo destas páginas, proponho-me dar-lhe a conhecer exercícios específicos para melhorar a sua postura e assim deixar de massacrar a coluna, explicar-lhe a importância que a sua atitude tem na recuperação dos problemas que já o afligem, o que precisa de fazer pela higiene da sua coluna, e tudo sem medicamentos”, explica.

 

Frases-chave do livro:

1. “Já reparou que tem coluna?”

(página 17)

A pergunta pode parecer estranha, mas o simples facto de encararmos a nossa coluna como um dado adquirido é, na maioria das situações, causa de muitos problemas, muitas dores e muitos dias mal passados. Na maioria das vezes, a solução passa por analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares, mas essas são soluções temporárias, passageiras, que na realidade não resolvem o problema.

“Diariamente, chegam ao meu consultório pessoas com queixas de dores nas costas. Umas dizem que até já se habituaram à dor e vivem, ou sobrevivem, com aquela pontada, aquele incómodo. Outras, depois de tentarem tudo, vêm ter comigo porque já perderam toda a qualidade de vida que tinham”, afirma.

2. “Ninguém espera pela dor para escovar os dentes; no entanto, a tendência é esperar pela dor para fazer algo pela coluna”

(página 80)

Ninguém escova os dentes porque tem dores, mas sim, para prevenir vários problemas.

“Por que razão agimos de forma diferente com a coluna? Esperamos até não haver mais hipóteses, até que um dia já não dá mais e decidimos ser operados. O nosso objetivo principal deveria ser arranjar estratégias para melhorar a higiene da coluna, estratégias que permitam melhorar a saúde”, afirma.

3. “A dor é um alerta do nosso corpo para algo que não está bem”

(página 23)

A maneira como encaramos a dor, afecta a forma como gerimos a nossa saúde.

A dor pode ter várias características ou ser descrita de várias maneiras: superficial, profunda, irradiante, aguda ou crónica, contínua ou intermitente, espontânea ou progressiva, entre outras.

“Como ninguém gosta de ter dores, nem pequenas, nem grandes, inventou-se o analgésico, uma substância que alivia ou elimina a dor. O nosso foco está quase sempre na dor e poucas vezes no que a provoca”, afirma.

Diferentes pessoas percecionam a dor de diferentes maneiras. Para algumas, uma picadela de alfinete pode provocar dores extremas, enquanto que para outras, isso pode ser uma ocasião de demonstração de força e resistência. O nosso cérebro toma decisões em relação ao que deve ou não valorizar, baseado não só nas condições presentes, mas também, nas experiências passadas.

“A dor não é o problema, é apenas uma indicação de que existe um problema. Não podemos deixar que a presença ou a ausência de dor seja o que nos faz agir. No entanto, esperamos pela dor para nos decidirmos a tratar do problema. A dor deve funcionar apenas como informação e não como estímulo”, explica.

4. “Afinal, o que provoca dores nas costas?”

(página 66)

É importante cuidarmos da coluna a tempo inteiro e de uma forma transversal, desde o peso das mochilas na infância e na juventude, à postura no local de trabalho e às fraturas osteoporóticas características da terceira idade.

São muitos os fatores que podem contribuir para a produção da dor, como os músculos, ligamentos, cápsulas articulares, discos e nervos, entre outros. As simples actividades do nosso dia a dia, como sentar-se, levantar-se, dormir e andar podem despoletar episódios de dor.

Causas mais comuns

• Lesões envolvendo os músculos da coluna

• Problemas envolvendo as articulações da coluna

• Problemas envolvendo os nervos

“Os maiores responsáveis pelos problemas mais frequentes de coluna são uma combinação de sedentarismo, más posturas repetitivas, traumas e stress a que estamos sujeitos, diariamente”, explica.

5. “Tenho dores no braço ou na perna – O problema estará na coluna”?

(página 73)

O sistema nervoso ramifica-se para todas as zonas do corpo.

No caso específico do braço, os nervos que saem da parte inferior da cervical formam um feixe chamado plexo braquial. Esses nervos estendem-se por todo o braço. No caso da perna, os nervos que saem da zona lombar e do sacro formam um conjunto chamado plexo lombo-sagrado, que desce pela perna.

“Os pacientes acham que a mão ou o pé não têm nada a ver com a coluna, quando, na realidade, têm tudo a ver. A coluna protege o sistema nervoso e qualquer desequilíbrio na coluna pode influenciar, negativamente, o funcionamento de uma parte ou algumas partes do sistema nervoso. Uma compressão dos nervos que saem da coluna pode gerar sintomas nos membros superiores e inferiores”, explica.

O melhor a fazer é avaliar toda a coluna, para perceber como está a funcionar.

6. “E, afinal, é melhor “frio ou calor”?”

(página 74)

O calor funciona como vasodilatador, o que quer dizer que provoca um aumento do diâmetro das artérias que levam sangue aos tecidos e um subsequente aumento da irrigação sanguínea desses mesmos tecidos. Pelo contrário, o frio funciona como vasoconstritor, provocando uma redução do diâmetro das artérias e uma subsequente redução da irrigação sanguínea dos tecidos.

O calor deve ser usado quando é identificada uma contractura ou tensão generalizada nos músculos, já que os relaxa. Já o frio, deve ser usado quando existe uma inflamação (uma zona quente, vermelha ou inchada).

Em caso de dúvida, devemos sempre optar pelo frio. O tempo de aplicação pode variar de zona para zona, mas em geral, não deve exceder os 25/ 30 minutos.

“A minha família tem um historial de problemas de coluna. Isso quer dizer que eu, também, vou ter?”

(página 40)

Existe uma pequena percentagem de problemas de coluna que podem ser hereditários.

“O que, também, pode acontecer é que observando os nossos familiares, à medida que vamos crescendo, vamos adquirindo muitos dos seus hábitos e comportamentos, acabando por assumir posturas semelhantes que nos podem ser prejudiciais”, afirma.

Por vezes, é mais fácil culpar os nossos genes, as más bactérias e a nossa má sorte, em vez de pôr em causa as nossas más escolhas.

“Os estudos apontam para os nossos hábitos e comportamentos como os maiores responsáveis pela nossa perda de saúde”, afirma.

“Os problemas da coluna são da idade” (mito)

(página 29)

É evidente que, com o avanço da idade, vão-se dando, também, alterações de algumas características biomecânicas e dos tecidos envolventes da coluna. No entanto, quando associamos problemas de coluna à idade, desresponsabilizamo-nos em relação ao que devemos fazer ao longo da nossa vida para manter a coluna em bom estado: “se é da idade, então não posso fazer nada”.

“É verdade que ninguém gosta de ter dores, mas se nos limitarmos a esperar pela dor, nunca vamos conseguir resolver o problema. A nossa coluna é sempre importante e não apenas quando sentimos dor”, afirma.